sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Revelações de pai-de-santo

Depois das pesadas críticas dos últimos dias, não vi outra alternativa a não ser de novo procurar um pai-de-santo. Mas antes que digam que virei feiticeiro, gostaria de esclarecer que o meu único objetivo na visita era apenas saber até quando serei hostilizado por causa de minhas inocentes crônicas.
Chegando ao terreiro de consultoria espiritual percebi que não iria ser fácil falar com o conceituado Pai Chico, uma vez que em época de eleição a fila de “pacientes” é enorme. O que tinha de gente esperando atendimento era coisa de louco.
Mas como brasileiro não desiste nunca, ao ver nosso velho conhecido Lábios Úmidos, pensei: o problema da fila está resolvido. Ledo engano, pois o dito cujo chegou perto de mim e cochichou: “Arruma uma onça, que eu te passo na frente dos outros!” Aquilo me confundiu. Onde eu iria arrumar uma onça? Se pelo menos fosse um gato preto...
Percebendo minhas dúvidas, Lábios Úmidos traduziu: “Não é um felino que eu quero, e sim uma notinha de cinqüenta!” Duas horas depois – e uma “oncinha” mais pobre – finalmente chegou minha vez.
Na sala de audiências, nova surpresa. Não é que o pai-de-santo perguntou se eu havia virado político. Respondi que não, e expliquei o que tinha me levado lá. Pai Chico deu uma tragada no cachimbo e comentou: “Sossega, filho, não vai demorar e seus críticos estarão fazendo xixi de cócoras!” Confesso que não me animei muito com o “castigo” que será aplicado nos meus críticos, já que esse tipo de coisa eles tiram de letra.
Então Pai Chico reclamou que tinha uma coisa perturbando o sono dele e que talvez eu pudesse ajudar. Em seguida, explicou que tudo começou quando dois postulantes a um cargo muito cobiçado pediram para ele fazer um ritual chamado “cachimbo revelador”.
Segundo o pai-de-santo, nesse ritual os adversários pitam em velhos cachimbos e aquele que conseguir fazer mais fumaça ganha o objeto que está em disputa. Como no caso em pauta o primeiro sujeito não precisou de muito esforço para encher o recinto de fumaça, o segundo – que não conseguiu fazer nem uma fumacinha – disse que aquilo era fraude e que no seu cachimbo não tinha fumo. Ofendido, Pai Chico desabafou: “Logo você vai levar o maior fumo da sua vida!” E o brigão não deixou por menos: “Pois saiba que eu vou fechar este lugar em janeiro!”
Depois desse relato, o pai-de-santo deu uma nova tragada no cachimbo e perguntou se eu poderia fazer algo para impedir que o seu terreiro fosse fechado. Como não sou bobo nem nada, respondi: “Fica tranqüilo, grande guru, teu xará nunca deixará isso acontecer!”
Muito feliz, Pai Chico começou a dançar e a falar coisas que eu não conseguia entender. E assim termina mais um texto que vai render dissabores a esse pobre cronista.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Ensaio sobre o fracasso

Não há ninguém mais admirado do que o sujeito que está plantando a própria danação, distribuindo vantagens a amigos e pisando rivais, falando o que quer, flertando o tempo todo com a irresponsabilidade e, com isso, passando aos que o rodeiam a sedutora idéia de que sensatez é coisa de fraco. Esse período de ouro do futuro arruinado, para quem vive por perto, é uma tentação: “Se fulano faz o que faz e é o que é, bobo sou eu de fazer tudo certo!”
O fracasso parece ser um processo em dois tempos, em que o primeiro é a causa, e o segundo, o efeito. O curioso é que, quando se está no céu (na causa) é difícil imaginar que o inferno (o efeito) está por vir. É natural, se de um lugar desse para ver o outro, o céu não seria um paraíso. E a experiência mostra que o infortúnio não tem pressa de chegar. Às vezes a festa é tão longa que se chega a pensar que o ditado “O crime não compensa” só vale se se levar em conta o juízo final. Essa demora ajuda a confundir.
Na primeira etapa, julga-se (admira-se) um sujeito notável, arrojado, que sabe aproveitar a vida; na segunda, os poucos que se dêem ao trabalho condenam a trajetória de um condenado, o que é uma redundância. De que vale a história de um solitário? Nada mais sem graça do que um pavão que perdeu as penas...
O primeiro período é bem mais marcante do que o segundo, quando apenas se “deduz” o óbvio, isto é, que a insensatez penaliza. Aquilo que antes era arrojo agora leva o nome de trapalhada. Essa lembrança sobre a trajetória do abandonado dura um instante, é aborrecida e meio moralista; já o período de admiração à boa-vida dele foi longo e instigador, porque colocava sob suspeita nossos próprios hábitos.
Quando estão carregando o bêbado para fora da festa, ficamos um pouco chateados de ter bebido com ele; quando estão fazendo pouco-caso do mal-sucedido, nos perguntamos como pudemos tê-lo admirado. Agora que se deram mal, fora com os dois!, aconselham nossos mecanismos de defesa do ego.
Contudo, o candidato a bêbado-banido continuará a ser quem mais vai nos divertir nas festas e o futuro solitário, aquele que mais vai nos instigar no dia-a-dia. Nenhum dos dois leva uma etiqueta na testa anunciando seu destino, e a irresponsabilidade, por se confundir com uma vida mais leve e interessante, é uma musa insistente, que vive acenando com promessas de felicidade.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Meninos de Rua

Quando te vi na rua
Abandonado, com pele nua
Pensei comigo
Quanta injustiça
Nesta sua via, amigo

Sem família, sem amparo
Pela vida afora
Esperas em vão, meu caro
Por uma mão amiga
E a sociedade só te explora

Na rua tudo vê
Drogas, bêbados, violência
E nenhuma chance pra você
E lá se foi sua inocência
Esperas criança, espera...

Tão menino, tão adulto
Sem esperança para vencer
Embaixo do viaduto
Passa fome, cheira cola
Enfrenta tudo para viver

Quando dorme escondido
Sonha com castelos encantados
Acorda na realidade
Com seus sonhos acabados
Mas não se dá por vencido

Sociedade maldita
É o que pensas todo dia
Em sua mente aflita
Vai morrendo a esperança
Nasce então a agonia

Come restos de comida
Nos restaurantes e becos
Ninguém te enxerga a ferida
Nos dias de frio seco
Ainda espera a mão amiga

(*) Escrito em 1993, quando o autor tinha 12 anos.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Bienal vs. Braz

Algum tempo atrás fui convidado para ir à Bienal do Livro. Não era um convite certo, pois apenas se restasse vaga no ônibus eu poderia fazer parte da excursão. No entanto, me empolguei com a possibilidade, já que nunca tinha ido a nenhuma e havia tempo pensava no assunto. A viagem estava sendo organizada para que professores das escolas da cidade pudessem visitar tal evento.
Sabendo do dia da partida, fiquei curioso por não ter recebido nenhuma confirmação e , torcendo para que restasse meu lugar, resolvi perguntar para quem me convidara em que pé andava a situação. Para minha surpresa a data da ida seria prorrogada mais uma semana, porque não conseguiram preencher o ônibus de 40 lugares com um grupo de professores adamantinenses e seus possíveis agregados.
Pior! Semanas depois, recebi a notícia de que não haveria mais viagem para a Bienal. Não deu certo. Não funcionou. Porque? Por partes. Eu até entendo que as pessoas são ocupadas, com sua família, compromissos, ou até trabalho levado para casa, como é comum no caso de professores. Pode haver milhares de causas plausíveis e aceitáveis.
Entretanto, a Bienal é um evento literário imenso. Proporciona contato direto com a literatura, expõe novidades e permite aquisição fácil de qualquer livro. Agora, como podemos almejar uma sociedade de grandes leitores, algo tão forte nos franceses, por exemplo, sendo que nem o professorado aprecia a literatura? O incentivo não deveria vir apenas daquele texto maçante, repetido e decorado que sempre surge quando se aproxima a temporada de vestibulares. Atitude é algo que deveria ser valorizado também.
Aposto que se fosse pra ir ao Braz, comprar toneladas de roupas e apetrechos, o ônibus lotaria e quem não fizesse reserva de vaga perderia a chance. Levariam família, convidariam amigos e no próximo dia letivo os alunos ficariam sabendo da loucura que é aquele lugar e como tem mercadoria boa e barata “como essa camiseta aqui”.

"Escurão", um lugar para os envergonhados

No texto “Quarto escuro”, Mauro Cardin faz uma excelente dissertação de um assunto que deveria ter sido estudado por aqueles que estão disputando as eleições em nossa querida Adamantina. Isso, apesar do velho mestre ter usado em sua argumentação algumas palavras implacáveis para os mais incautos.
Assim, analisemos parte do que o filósofo escreveu: “O envergonhado é pois um desmascarado. Se o mundo é um baile de máscaras, como diz Machado de Assis, o sujeito sobre quem recai a vergonha é aquele cuja máscara caiu, e para quem já não há mais lugar no baile. Só lhe resta ir para o quarto escuro, abraçar o travesseiro e tentar reunir forças para voltar a se expor ao olhar alheio”.
Seguindo essa dura, mas correta linha de raciocínio, nossas autoridades deveriam preparar uma “clínica” para receber algumas centenas de pessoas que nestas eleições serão vitimadas pela síndrome do quarto escuro. Aliás, acredito que o único local com espaço suficiente para atender tamanha demanda seria o ginásio de esportes que, com algumas adaptações, poderia ser transformado no “Escurão”. Explico.
Como em nossa cidade temos cerca de 70 candidatos disputando as nove cadeiras da Câmara Municipal, é óbvio que mais de 60 desses candidatos serão derrotados. E já que entre eles existem pelo menos 40 calouros na política, após a “chevrolezada” alguns irão procurar um quarto escuro para abraçar o travesseiro em busca de forças para encarar os olhares dos amigos que não concordavam com as suas candidaturas. Dessa forma, fica mais do que justificada a importância que o “Escurão” terá para nossa sociedade.
No entanto, não serão só os candidatos derrotados que irão precisar de tratamento no novo estabelecimento de saúde. Serão necessárias umas 50 vagas para atender os fracassados empresários de partidos nanicos, bem como para abrigar os coordenadores de campanha que um dia sonharam com um carguinho de agente político. Detalhe, esses dois grupos, por questão de segurança, devem ocupar leitos próximos ao Centro de Tratamento Intensivo - CTI do “Escurão”.
Finalmente, gostaria de dizer que uma ala do “Escurão” deverá ser ocupada por alguns integrantes do Blog Àgora Adamantinense, que em seus comentários infelizmente se esquecem de que a humildade e o respeito pelo próximo devem ser colocados acima de qualquer outra coisa, inclusive de berços e de posições sociais. Espero que uma temporada no “Escurão” faça com que essas pessoas passem a refletir antes de atacar seus semelhantes.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Refletindo o símio

Olá, meninos, (vejam sou a primeira mulher convidada no blog, que honra!). Cá estamos para conversar um pouco mais sobre nossa terra e nossa gente. O nome do blog mais que sugestivo leva-nos a refletir sobre o bicho escolhido: o símio. A figura do macaco sempre exerceu uma espécie de fascínio e simpatia no humano. Fascínio pela “inconfundível semelhança” e simpatia pela capacidade de provocação e imitação, além da ternura que emana destes. Por pior que fosse King Kong na tela do cinema ou na TV, a torcida era para ele. Mas no caso específico, aqui no blog, o símio aparece às vezes como esperto, brincalhão, imitador, caricato, maroto, feio, astuto, amigo. Às vezes, em situações anedóticas, menosprezando ou super-dimensionando suas verdadeiras características comportamentais. Mas o nosso símio também tem lá suas muitas virtudes, pois aparece em muitas culturas religiosas, em países como a China, Índia e Japão, com características mais míticas e repletas de significados: como conciliação, harmonia e sabedoria. Assim, como recomendação, fica aqui um provérbio muitíssimo conhecido: “cada macaco no seu galho”. Se vamos viver em grupo, a convivência deve ser benéfica e cada um dos participantes encontrar seu papel nessa rede social , de forma a preservar a harmonia e a coesão do blog. Se vocês não sabem, o porquê do provérbio, ele indica que “os macacos fazem escândalos quando um invade o espaço do outro e muito macaco num galho só, quebra”.
Carolina Galdino, terça, 9 set.2008

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Os Encastelados – Um sitcom adamantinense

Adamantina é uma cidade engraçada. Fatos pitorescos ocorrem todos os dias em nossa cidade e, devido a isso, não devemos desperdiçar essa farta matéria-prima. De todos os grandes comediantes que temos por aqui, nativos ou não, há uma classe que não se apresenta muito, mas quando o faz, nos deixa inebriados com tamanha desenvoltura e perspicácia. Não, não estou falando dos políticos. Seria fácil demais, a piada já estaria pronta. E esses, como muitos já sabem, são bem conhecidos. Estou falando de outro tipo, pessoas que estão em menor evidência, mas que não deixam de dar seus pitacos. Esses belos atores são os intelectuais. Ou melhor, os pseudo-intelectuais. Talvez só reconheça um quem também o seja, mas não é o momento de fazer autocrítica. Para facilitar o texto usaremos apenas intelectuais. Alguns desses adamantinenses seriam ótimos protagonistas de um programa humorístico. Inglês, de preferência, pois o humor britânico é mais sutil e agrada os paladares artísticos mais exigentes. Seria algo simples, sem muito investimento, pois o centro seria as atuações, ou melhor, o conteúdo. Posso imaginá-los. Devem ser um pouco gordinhos, afinal, intelectual que se preze não deve se preocupar com o físico. Isso é imposição da indústria cultural alienante. Não devem aparecer sempre, é verdade, pois um bom intelectual só deve se manifestar em momentos propícios, quando a escuridão reinante precise de alguma luz esclarecedora. Por isso, deveria ser algo mensal. As piadas devem ser sutis mas, levemente irônicas, usando, com moderação, algumas pilhérias cotidianas. O intelectual não gosta de entregar a comédia pronta, deve instigar o espectador, fazer um ‘humor inteligente’. Um bom sitcom intelectual deve ter um tom crítico em relação à sociedade. Os personagens devem ser analistas bem informados, alguém que retire dos movimentos mais corriqueiros a massa bruta para seu espetáculo. Alguém da academia, obviamente. Devem zombar das tradições, mas também dos modismos. Contudo, ser a todo o momento relativista, afinal, intelectual sempre deixa algo no ar, não entrega nada fácil. Fariam um humor um tanto Andy Kaufman, afinal, nem todos os compreenderiam. Cada um teria seu bordão, algo do tipo ‘Pelas barbas de Marx’, ou, ‘Que Shakespeare não nos ouça, mas... ’. O problema seriam as críticas. Um intelectual que se preze não aceita que o julguem. Sua verdade é inabalável, e os grandes pensadores estão aí para não o deixarem mentir. Eles fogem do escrutínio, principalmente se for do cidadão comum, isso é inadmissível para os doutos. Entretanto não desistiriam de tal empreitada, afinal, acreditam que o humor, principalmente o sarcástico, serve para desanuviar mentes e acordar sociedades em estado latente. Essa não é uma obra de ficção, ‘Os Encastelados’ existe em Adamantina. Resolveram sair de seus pedestais, para o deleite dos pares. Aguardamos agora os novos capítulos.

AMNAP

No meu texto de apresentação gostaria não de disertar sobre um tema especifico, mas sim de propor uma discussão sobre ele, mesmo porque pouco conheço sobre a AMNAP.

Sendo eu um grande admirador dos blocos econômicos formados aqui e ali, não por grandes potências que o fazem para pressionar economias menores, mas por paises e regiões historicamente oprimidas que nos últimos anos o vem fazendo brilhantemente, e com sucesso, para deixarem de ser oprimidas, vejo nessa associação uma saída, ou pelo menos uma alternativa para o fim do anonimato político da NAP.
Longe de pensar que a AMNAP seria um grupo econômico, mas por entender que a união faz a força, acredito que uma organização desse nível estruturada e forte seria de grande utilidade para atrair os olhares das esferas estadual e federal para a nossa região em anos impares (não eleitorais).

Hoje pouco se ouve falar sobre a AMNAP, e pouco se sabe sobre sua real função, sobre seus projetos, suas metas, EM ADAMANTINA, outros municípios da região que valorizam mais essa associação, principalmente os da região de Dracena tem se beneficiado com ela, porém, ainda muito pouco.

Existem três diretorias regionais, Dracena, Tupã e Adamantina, e uma diretoria geral, na qual contamos com um representante, o vereador Celso Osmar Mastelini (2º tesoureiro), a diretoria regional de Adamantina é composta por José Francisco Micheloni, Elisabeth Gomes Meireles, Maria de Lourdes Santos Gil (vereadora de Adamantina), respectivamente diretor, vice-diretora e secretaria.

Quais seriam os benefícios dessa diretoria regional?

Qual a influência da AMNAP em São Paulo e em Brasília?

Não seria a hora de colocar-mos a mão na massa e utilizar essa entidade a nosso favor?

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Sérgio Seixas defende federalização da FAI no 'Cultura Livre'

A seqüência de entrevistas com ex-prefeitos de Adamantina, no programa Cultura Livre, continuou no último sábado, 30/08, com a ilustre presença de Sérgio Gabriel Seixas. Com uma carreira política importante, o convidado lembrou o início de sua militância política, não partidária, quando tinha apenas 15 anos e fazia parte de uma congregação cristã. Em 1967 ajudou na fundação do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), atual PMDB e, participou, junto com Fernando Henrique Cardoso e José Serra na fundação do PSDB em 1989.
O ex-prefeito explicou como se elegeu a prefeitura, na época por meio do voto vinculado. A idéia inicial era se candidatar como vice, junto com mais 3 candidatos a prefeito, todos do mesmo partido, para ajudar a candidatura de Franco Montoro para governador de São Paulo. Apesar de não ter o objetivo de ser prefeito, devido a questões pessoais, acabou se tornando único concorrente por seu partido. Mesmo Tino Romanini recebendo mais votos diretos, Sérgio Seixas foi eleito com ajuda dos votos de Montoro, que também se elegera.
O ex-prefeito relatou alguns feitos da sua administração, como a construção do Poliesportivo, para não utilizar o espaço do Estádio Municipal na realização de grandes eventos. Tal projeto, viabilizado por sua especialização em arquitetura e urbanismo, resolveu o problema de uma grande erosão existente no local da obra. Também foi responsável pela instalação da Secretaria da Agricultura, sendo Adamantina a primeira cidade do Estado a possuir tal secretaria. Lembrou, também, das dificuldades em se montar, numa cidade do interior, um corpo de secretários competentes e dedicados. Não devido à falta de pessoas deste calibre, mas ao desgaste que a ocupação de tais cargos traria para essas pessoas.
Quando questionado a respeito da federalização da FAI, admitiu que tal processo traria apenas benefícios. Primeiro porque a diferença entre o orçamento municipal e o federal para manter a instituição é muito grande o que, como conseqüência, haveria intercambio cultural, docentes de vários locais do país e grande desenvolvimento para a cidade. Mesmo indagado por Cacá Haddad, que se posicionou contrário a idéia, Seixas afirmou que ter o respaldo do governo federal seria de suma importância para Adamantina. Porém, mesmo elencando os benefícios, afirmou que a federalização é um projeto inviável, pois não acredita que o Governo Federal se interessaria por tal empreendimento.
No final da entrevista, Sérgio Seixas declarou que tem grande orgulho e honra de ter sido prefeito de Adamantina, cidade que, segundo ele, já contou com grandes administradores. Afirmou que Adamantina já foi palco de grandes realizações e conquistas, principalmente pela atuação conjunta de oposição e situação, que trabalhavam unidas para atingir os objetivos almejados pela sociedade.