tag:blogger.com,1999:blog-52778346929289388762024-03-14T02:39:01.067-07:00Ágora adamantinenseLiberdade de opinião em AdamantinaBruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.comBlogger103125tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-28991359462103994272011-02-04T07:05:00.000-08:002011-02-04T07:06:55.738-08:00Falta de diálogo<div align="justify">O debate com a população não tem sido uma prática comum entre os que ocupam cargos na administração municipal, talvez por se sentirem mais con-fortáveis em usar eventos oficiais ou entrevistas acertadas para, mais do que responder às críticas, atacar os cidadãos que se arriscam em fazê-las. Ao adamantinense comum resta, portanto, o diálogo solitário e o risco de ser tratado como transgressor por quem, rodeado(a) de privilégios, imagina-se acima dos que pagam os impostos que lhe permitem tanta autoconfiança. Mas, na semana passada, neste mesmo jornal, algo diferente ocorreu, passando a ideia de que pode haver uma mudança de atitude de quem se regozija com o fato de se encontrar em tão confortável posição.</div><div align="justify"><br />A população procura entender o que ocorre na Prefeitura, na Câmara e na FAI e é comum surgirem questionamentos sobre as atitudes dos que governam a cidade. Não cabe ao cidadão comum, trabalhador, cumpridor dos seus múltiplos deveres diários, buscar as informações sobre o poder público. Cabe, sim, às assessorias desses órgãos, remuneradas para tal função, prestarem os necessários esclarecimentos à comunidade. No entanto, o material produzido para a imprensa apresenta apenas características de propaganda e não esclarece os problemas que mais interessam à população. </div><div align="justify"><br />Em 24 de janeiro o Jornal da Cidade estampou a manchete: “Arrecadação da FAI cai pelo 3º ano consecutivo”. Pelo que se sabe, não houve interesse por parte da assessoria em rebater ou explicar tal informação. Especula-se há algum tempo que o número de alunos e a receita da FAI vêm diminuindo. Cabe ao cidadão comum procurar a instituição para saber o que está acontecendo, ou seria função da assessoria explicar tais questões? </div><div align="justify"><br />As “vozes das ruas” ainda se perguntam se era necessário pagar quase 80 mil reais para fazer o site da faculdade. O questionamento ganha relevância, pois a instituição tem um curso ligado à área. Além de evitar o gasto, a criação do site pela FAI serviria de propaganda para a instituição. E o marketing da faculdade? O slogan “Quem cursa a FAI, [sic] tem qualidade de vida” parece não deixar clara a marca de uma instituição de ensino, ou o que quer que seja. O que levaria os estudantes a se sentirem estimulados com tal propaganda? </div><div align="justify"><br />Também não está evidente se existe algum projeto de reestruturação dos cursos de licenciatura ou estudos sobre o impacto das bolsas concedidas ao funcionalismo no orçamento da Autarquia. Sem contar a situação do curso de Direito, que gerou muitas informações desencontradas. Não cabe à direção e à assessoria esclarecerem essas questões, informarem a população sobre o que ocorre? </div><div align="justify"><br />O acúmulo de cargos pode explicar parte da dificuldade, mas não satisfaz os cidadãos, que cobram um posicionamento mais próximo da instituição com a cidade, principalmente por meio do debate franco, já que o destino da FAI, em parte, está ligado ao da comunidade.<br />Por fim é preciso dizer que, como se sabe, utilizam-se expressões como “vozes das ruas”, “o que os adamantinenses não entendem” e outras mais para se remeter à ideia de opinião pública e aos questionamentos que ocorrem na população. Ao se empregar a segunda dessas expressões num artigo de opinião recentemente, esperava-se que nenhum educador de nossa academia, especialmente na área de comunicação, a entendesse no seu sentido literal. </div>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-9282268755228928832011-01-13T13:00:00.000-08:002011-01-13T13:11:16.142-08:00O que os adamantinenses não entendem...<div align="justify"><span style="font-family:georgia;">Todo início de ano a imprensa local faz previsões sobre a cidade. Recentemente um editorial já projetou 2011 repleto de boas notícias para os adamantinenses. Não se sabe se é o espírito cristão ou o estímulo oficial o que deixa esse segmento de nossa imprensa otimista nesta época, mas ficou claro que o jornal aproveitou a oportunidade para, mais uma vez, elogiar quem está no poder. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></div><div align="justify"><br />A simples transcrição de informações, na maioria das vezes oficiais, já aborrece grande parte dos que leem jornal em Adamantina. Nas raras vezes em que erros são apontados há a sensação de que o redator o faz cons-trangido, pois tece longos elogios à secretaria implicada e deixa claro que o problema não só é pontual como também logo será resolvido. Fica sempre a impressão de que tal veículo de informação não quer deixar descontente o seu maior anunciante. </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br />Os adamantinenses não entendem, por exemplo, por que os assuntos referentes à FAI nunca são tratados com a devida importância. Há pouco tempo, um editorial classificou como “central de boatos” aqueles que, sem informações precisas, “discutem nas esquinas” os problemas da instituição. Se existem “boatos”, fica evidente a falta de esclarecimentos, seja por parte da imprensa, seja por parte da assessoria da faculdade, que raramente presta esse serviço. Possíveis contratações irregulares, falhas em concurso, gastos excessivos com site, diminuição de alunos e problemas financeiros são questões que ficaram à margem da imprensa em 2010. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /> </div><div align="justify"></div><div align="justify">A postura do legislativo é outro assunto que os adamantinenses não entendem. Causou constrangimento na reeleição do presidente da casa, conhecido defensor dos projetos do executivo, o voto de uma vereadora que sempre foi crítica em relação à administração. É também por esse tipo de incoerência que, dos nomes que se discutem para ser candidato a prefeito em 2012, nenhum vem da Câmara, ainda que nela existam edis já no segundo mandato.</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br />Mesmo com a candidatura da situação “lançada” em cadeia de rádio, a oposição não consegue articular seus nomes. Ex-prefeitos, ex-secretários, ex-diretores, atuais mandatários, ninguém ainda conseguiu juntar meia dúzia de adeptos. Como nos últimos anos essas pessoas estiveram alheias aos importantes temas locais, agora fica estranho desejarem convencer a opinião pública de que lhes importa aquilo que por tantos e tantos anos não lhes importou. </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br />Não entendemos também como nenhuma autoridade questiona por que Adamantina tem um dos combustíveis mais caros da região. Cidades próximas como Dracena, Junqueirópolis, Lucélia e Osvaldo Cruz têm preços muito melhores. Ou por que, mesmo com inúmeras reclamações, a temporização dos semáforos ainda não foi adequada à realidade do trânsito. </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br />Todas essas questões mostram a incoerência entre o discurso de nossos políticos e os seus atos; o que não deixa de ser uma manifestação de desprezo pela inteligência dos cidadãos. Finalmente, vale perguntar: onde estão nossas lideranças para cobrar um pouco mais de empenho de nossos gestores públicos para melhorar a vida dos munícipes? </span></div>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-60034840510264614742011-01-06T22:36:00.000-08:002011-01-06T22:42:35.281-08:00O outro lado do sucesso da Expoverde<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;">Quem passou pelo poliesportivo na última semana percebeu que a Expoverde se tornou a maior, e talvez a única, festa popular de Adamantina. Razoável número de barracas, envolvimento de diversos setores da sociedade, bom con-sumo e grande comparecimento da população. Mas o sucesso do evento mos-trou problemas de organização que talvez as belas imagens do recinto lotado não deixaram evidentes. </span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:times new roman;">O grande diferencial do evento é sua gratuidade. As milhares de pessoas que entram no local, somadas às que ficam de fora por medida de segurança, quan-do os portões são fechados, geram desconforto em quem é proibido de entrar. O exagerado número de brigas mostrou que a segurança não deve ter recebido a devida atenção, nem mesmo no interior do recinto. Por sorte não ocorreram problemas mais graves, já que não houve revista todos os dias.</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:times new roman;">A desorganização das filas foi outro problema, tanto na entrada como na própria festa, gerando insatisfação aos que ficavam para trás enquanto outros passavam na frente, seja por “esperteza”, seja por “privilégio” concedido por aqueles que deveriam organizá-las. Não é de hoje que tumultos ocorrem por problemas dessa natureza. </span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:times new roman;">Ficou claro também que não houve restrição à venda e fiscalização em rala-ção ao consumo de bebidas alcoólicas para menores. Essa permissividade se deu em todos os ambientes do recinto. Um evento organizado pela administra-ção pública deveria dar especial atenção a esse fato, até mesmo realizando campanhas educativas no local, envolvendo o Creres, o núcleo de psicologia da FAI e a sociedade. Mas, pelo que seu viu, não houve nenhuma preocupação nesse sentido.</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:times new roman;">A prática de rodeio na Expoverde também é contraditória, já que a proposta do evento é discutir a sustentabilidade e a cultura cidadã. Existem inúmeras críticas em relação a essa modalidade de “esporte”, principalmente quanto ao tratamento dado aos animais. O interesse de alguns não deve sobrepujar a ideia mestra do evento de, como o próprio nome diz, privilegiar o verde e todos os significados que essa palavra tem nos dias atuais. O que se notou foi o entrete-nimento e o estímulo ao consumo, e quase nada de “cultura cidadã”. O lado mercadológico teve maior expressão este ano. </span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:times new roman;">De modo geral, a população de Adamantina aprova a Expoverde, ainda mais quando a cidade é tão carente de atrações populares e onde muitos não podem pagar os altos preços cobrados pelo RTA em junho. Mas o bom compareci-mento dos munícipes não deve apagar os problemas da festa e a mudança de foco ocorrida este ano. Segurança, respeito à população e conscientização so-cioambiental devem ser a meta dos organizadores. Será que, a despeito do su-cesso da festa, essa meta foi alcançada em 2010? </span></div>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-1827647031103573842010-05-23T19:43:00.000-07:002010-05-23T19:45:59.520-07:00Cidade do silêncio<p class="MsoBodyTextIndent"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"> A inércia e o silêncio daqueles que são, ou almejam ser, os protagonistas da vida pública local é perturbador. O “Caso Sabesp” é o mais recente exemplo da nula participação dos “eternos candidatos” e daqueles que, mesmo ocupando cargos eletivos ou administrativos, não justificam os votos que receberam ou a confiança de que são depositários. O resultado da votação na Câmara já era esperado. Cada vereador justificou sua escolha e deixou claro de que lado está. Alguns até “explicaram” seu voto em favor do prefeito afirmando que os 85% de votação no último pleito legitimam as propostas do executivo. Fingem não se lembrar das circunstâncias que envolveram a eleição de 2008. </span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Não menos estarrecedora é a posição do edil que disse não precisar justificar a ninguém o seu voto. Seria demais lembrá-lo de que ele representa a cidade e de que sua postura na área pública é de interesse coletivo? Cabe também a seu partido prestar esclarecimentos à população. Ao que se sabe, a presunçosa fala do vereador causou um certo constrangimento entre os cidadãos presentes à sessão.<o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">O debate não ganhou maior visibilidade devido à pífia participação daqueles que se insinuam como candidatos em 2012. Na verdade, essas mesmas pessoas afrontam a população quando saem nos jornais afirmando-se aptas a ocupar o mais alto cargo do município. Omissas e sem se engajarem no debate público, ancoram seus discursos em secretarias e vereanças do passado. O que as fazem acreditar que estão preparadas para governar a cidade? <o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Até agora aqueles que querem ser prefeito e estampam seus rostos em presunçosas entrevistas têm passado longe dos jornais e dos microfones quando o assunto requer posicionamento. Não se sabe o que pensam sobre o contrato com a Sabesp, os problemas da FAI, o trânsito, a imprensa, as dificuldades da Santa Casa. Amam a cidade de quatro em quatro anos e aparecem de vez em quando nas rodas de café, onde suas poucas ideias se perdem em conversas vazias.<o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Esse silêncio colabora para deixar boa parte de nossos atuais representantes cada vez mais acomodada e letárgica, quando não mais ousada e cínica, pois sabe que não será contestada. O caso do vereador que diz não precisar justificar seu voto é um excelente exemplo. <o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Esses poderes, quase ilimitados, estimulam atuais mandatários a acreditar que tudo podem: ajeitar empregos para parentes e futuros parentes, arranjar concursos, perseguir dissidentes, não responder à pequena parte da imprensa que os questiona e a, quando se disporem a responder, fazê-lo com ofensas pessoais e ameaças. Alguns, respaldando-se em seu alto cargo na administração (e por uma incrível omissão da chefia), sentem-se seguros o suficiente, por exemplo, para não darem aulas e não aplicarem provas na faculdade. Com essas e outras arbitrariedades denigrem ainda mais a imagem da Academia frente àqueles que mais deveriam prezar: os alunos. Temos entre nós, enfim, uma triste combinação de desmando e omissão.<o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">A população, mesmo não estabelecendo confronto com ninguém, sabe não só da postura de membros do alto escalão, como também que cabe ao prefeito fazer as mudanças necessárias e punir os desvios; só não entende por que ele não o faz.</span></span><o:p></o:p></span></p>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-75214666394023247382010-04-18T14:34:00.000-07:002010-04-18T14:36:25.378-07:00Vazio político<p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:32.6pt"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';">As últimas importantes discussões da área política na cidade revelaram a pouca habilidade do executivo adamantinense em discutir projetos de interesse público e em dialogar com a sociedade e grupos organizados. A instabilidade da FAI e a conduta da administração municipal na questão Sabesp são claros exemplos de que a opinião pública pouco importa àqueles que hoje administram o município.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:32.6pt"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';">Ao se afirmar que possíveis falhas ocorreram na condução da Academia, esperava-se que a equipe do prefeito adotasse medidas corretivas, pois o que está em jogo é o ganha-pão de muitas famílias e, até certo ponto, o futuro da cidade; mas não se têm notícias de que algo tenha mudado na administração da faculdade. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:32.6pt"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';">Se as entrevistas contraditórias do prefeito e do diretor-geral da FAI de algum tempo atrás renovaram a impressão da sociedade de que algo não vai bem na vida pública de Adamantina, o mesmo receio se dá na questão do saneamento básico. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:32.6pt"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';">Com a rendição às condições e ao autoritarismo da Sabesp, com a recusa de estudar o assunto com mais profundidade e de ouvir a população e ao eliminar a possibilidade de licitação, o executivo deixa ainda mais dúvidas sobre sua capacidade para conduzir as grandes questões da cidade. A impressão que se tem é a de que o município vive um vácuo político-administrativo. A população, diante de tudo, se vê excluída e sente sua relação com o governo municipal cada vez mais distante.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:32.6pt"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';">Diante de toda essa ineficiência e insensibilidade, percebe-se o surgimento de um novo estado de espírito em relação à atual administração que, aos poucos, começa a ganhar nomes e a afinar o discurso. Tais nomes não constituem propriamente uma oposição, porque quando se fala em oposição em Adamantina, grosso modo, pensa-se nas pessoas que participaram de outras administrações e que, por não mais ocuparem cargos importantes, se opõem sistematicamente ao governo; o que não é o caso.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:32.6pt"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';">Diga-se de passagem que, como era de se esperar, mais uma vez, uma ação em favor da causa coletiva em Adamantina se dá praticamente sem a participação de futuros pretendentes ao quinto andar, ou seja, sem a ajuda de ex-prefeitos, ex-vereadores, ex-secretários, ex-pré-candidatos e outros mais que só estão à disposição da cidade de quatro em quatro anos, meses antes da eleição.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:32.6pt"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';">Esse grupo de descontentes, mesmo sem querer, acaba sendo porta-voz da população que, aos poucos, vai descobrindo que não está sendo bem representada. E é ao clamor desse estado de insatisfação coletiva que o grupo contestador da apatia dos políticos ora no poder afina seu discurso e supre a omissão das “estrelas” que certamente ressurgirão em 2012 apregoando imenso amor pela cidade.</span><o:p></o:p></span></p>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-90807969022353341962010-03-04T13:26:00.000-08:002010-03-04T13:28:25.940-08:00Contradições sobre a Academia<p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">No último sábado, a Folha Regional publicou entrevista em que o prefeito Kiko Micheloni falou sobre o assunto que mais inquieta os adamantinenses: os problemas da FAI. Já era tempo de esclarecimentos oficiais, visto que a sociedade e o legislativo discutem o assunto há meses. O jornal sediado em Flórida Paulista saiu na frente.<o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;text-indent: 14.2pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">As palavras do prefeito confirmam o que se comenta há algum tempo, mas não traz esclarecimentos objetivos e não autorizam qualquer expectativa de que os problemas sejam efetivamente resolvidos. A entrevista tende, aliás, a deixar a população mais apreensiva.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Segundo Kiko Micheloni a má situação da autarquia é “preocupante e real”, palavras que contradizem o próprio diretor geral da autarquia Roldão Simione que, há apenas um mês, no jornal Diário do Oeste, afirmou que a faculdade estava nos trilhos e que não havia com o que se preocupar. Não fosse absurdo, seria de se imaginar que, na ocasião, o próprio diretor não estava, digamos, bem informado sobre a real situação da autarquia que administra.<o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Um dado importante suscitou questionamentos. Se o número de alunos é igual ou maior do que nos anos anteriores, como disse o prefeito, por que a deterioração das contas da autarquia? Como se sabe, anos atrás, com semelhante quantidade de alunos, a FAI conseguia não só pagar suas contas como também acumular (expressivos) recursos financeiros; recursos que, aliás, foram integralmente utilizados pela atual diretoria.<o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Fala-se bastante sobre a enorme quantidade de bolsas de estudo. Mas a decisão de conceder bolsas integrais a todos os servidores públicos municipais e seus familiares, por exemplo, não foi precedida de detalhado estudo sobre o consequente impacto financeiro? Se não foi, que esperança a população pode ter em relação às medidas que o prefeito disse que serão tomadas? (e que, a bem da verdade, não foram explicadas quais sejam).<o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">O prefeito afirmou que tomará decisões realistas, e não políticas, mas não acena com modificação nos altos cargos, mesmo se mostrando ciente de que possa ter havido “falhas administrativas”. Será que na esfera pública não se observam nem mesmo os fundamentos mais básicos do mundo administrativo?<o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Eliminação de desperdícios, cortes em benefícios e auxílios, como hospedagem, combustível e alimentação, estudo detalhado sobre a evasão nos cursos, penalidade a professores que faltam em demasia ou se atrasam e que acabam comprometendo a qualidade dos cursos, são medidas de grande impacto e com retorno rápido; cobrança judicial de mensalidades em atraso, revisão na concessão de bolas, assim como responsabilização de administradores, são medidas importantes nesse tipo de situação.<o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent2" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> As críticas em relação ao problema não devem ser entendidas como políticas e pejorativas. Todo cidadão de mentalidade sadia torce para que a FAI volte a ter destaque e se torne referência na região. Não se pode querer que a sociedade fique alheia a tais acontecimentos, mesmo porque o sucesso da FAI interessa a cada adamantinense. </span></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent2" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> Não se pode esquecer também que tanto prefeito quanto diretores de autarquia, não obstante toda capacidade pessoal e mérito de que possam ser detentores, são, no que tange à Administração Municipal e à FAI, meros representantes dessa mesma população</span></span>.</p>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-26375755820962407642010-01-20T13:55:00.000-08:002010-01-20T13:56:46.341-08:00Por trás das cortinas<p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Algum desavisado que tome a imprensa local por fomentadora dos debates na cidade pode acreditar que vivemos uma calmaria em Adamantina. Uma passada de olhos pelos nossos jornais chega a dar a impressão de que os problemas do município se resumem a asfalto, trânsito, entulhos em terrenos e uma ou outra “fatalidade” de ocasião. </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Adamantina tem cinco jornais, mas quantos têm a coragem de tratar do que é relevante em termos de vida pública, de atuação política? Assuntos inexpressivos, enorme espaço para publicidade, editoriais evasivos são a constante. Na falta de outras futilidades, para preencher espaço, há pouco tempo Adamantina chegou a ser santificada num dos jornais como um “celeiro de novos talentos” e como a cidade da “população mais solidária do Brasil”. Abusa-se da inteligência do leitor. Diante da expressiva verba oficial e das necessidades de comunicação da Academia, não vamos nos surpreender se um dia destes nos depararmos com um editorial com o título “Pra frente, Adamantina!”, ao modo dos piores tempos da ditadura militar.</span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Não se encontram nos jornais assuntos incômodos sobre o Executivo e a Academia. Isso fica claro no caso da “intervenção branca na FAI”. Há tempo se discute em Adamantina o risco da faculdade vir a ter sérios problemas financeiros. Diminuição no número de alunos, aumento exagerado de bolsas de estudo, elevadas e desnecessárias despesas de hospedagem e locomoção com professores de outras cidades seriam as principais razões. Se as finanças da faculdade vêm se deteriorando vertiginosamente como comenta a opinião pública, a população precisa saber, não só porque se trata de uma autarquia municipal, mas também porque dela a cidade depende. No entanto, nossa imprensa se limita a repassar sumárias e esquivas informações oficiais. Num dos jornais, o assunto foi veiculado por uma minúscula nota em espaço secundário, de forma até constrangedora. </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Por que não se discute a (verdadeira) situação da FAI? Em recente problema ocorrido num concurso, que gerou sérias críticas a dirigentes da instituição, uma assessora afirmou que medidas foram tomadas e estavam disponíveis no site. Segundo ela, não cabia à FAI levar tais informações aos jornais. Se as pessoas públicas não prestam contas àqueles que as elegeram, cabe a imprensa desempenhar tal função. Pelo menos é assim que funciona em todas as sociedades do mundo desenvolvido.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"> Em Adamantina insinuam-se casos de nepotismo, corporativismo e perseguição, assim como não faltam críticas em relação a pretenso descumprimento de jornada de trabalho por parte de médicos nos postos de saúde. A omissão da imprensa colabora para que tais histórias se legitimem, num município em que há seis anos, quem agora está no poder, ganhou a preferência da população defendendo a transparência.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Por que a imprensa não diz, por exemplo, que estando em recuperação, o chefe do executivo despachou em casa durante várias semanas? Por que não se questiona a razão da vice-prefeita não ter espaço na Administração? (continuamos com a antiga prática da perseguição política?) Por que a população não foi informada de que o “deputado estadual da região”, que Adamantina ajudou a eleger com amplo apoio do professorado, votou contra o aumento salarial a todos os professores?</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">A população adamantinense não sabe o que ocorre por trás dessa cortina de silêncio. Não entende a situação da FAI, as intrigas do poder municipal, as desavenças entre vereadores, que tantas vezes usam a tribuna não para discutir projetos, mas para disputas pessoais.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Raras vezes os jornais assumem uma posição. Quando há algum lampejo questionador, é mais uma manifestação pessoal de quem se sente prejudicado pela Administração do que uma legítima análise em favor do bom andamento das coisas.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Não é de hoje que é assim. A pomposa verba de publicação de atos oficiais do Executivo dita as regras na informação em Adamantina, o que nos leva a acreditar que Millôr Fernandes tenha razão ao dizer que “o dinheiro fala e também manda calar a boca”. </span></span><o:p></o:p></p>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-43356291861202599652009-11-15T16:06:00.000-08:002009-11-15T16:07:50.315-08:00Os “malditos” e os vassalos<p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> Lucidez analítica e coragem argumentativa não são qualidades que geralmente possam ser atribuídas àqueles que têm se posto na imprensa como observadores do poder. Com exceção de meia dúzia de “malditos” (como são conhecidos os que de fato se expõem na mídia local), raramente lemos ou ouvimos algo que mereça reflexão. Às vezes até mesmo os editoriais chegam a lembrar a clássica redação do aluno da primeira carteira elogiando a professora, tamanha a falta de profundidade das “análises”, a eloquência das palavras e a subserviência em relação a quem manda. </span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;text-indent: 14.2pt; "><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Nas conversas informais não são poucos os que têm solução para os problemas da cidade e os que apontam erros dos antigos e dos atuais administradores, mas poucos são os que se propõem a ir à imprensa discutir com a comunidade. É que a exposição é um ato de coragem, um ônus que poucos se dispõem a pagar. Numa pequena cidade um texto mais incisivo, que mexa com interesses ou critique atitudes, pode gerar históricas rivalidades.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;text-indent: 14.2pt; "><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Alguns articulistas escrevem mil trivialidades, enchem os jornais de palavras que jamais serão lidas, em “análises” que se confundem com a própria propaganda oficial. Outros passam o que seriam suas ideias em trocadilhos impossíveis de entender e por meio de gracejos, sem dizer coisa com coisa, menosprezando a inteligência do leitor (e as regras de bom gosto). Na rádio, muitas vezes os entrevistadores usam seus convidados como mera “escada” para dizer o que eles, entrevistadores, desejam, de acordo com o momento que vivem com o poder municipal.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;text-indent: 14.2pt; "><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Nesse ambiente pouco animador, repleto de opiniões servis, as manifestações do ex-vereador Hélio Malheiros (DEM) e a participação do professor Mauro Cardin (PR) em recente audiência do orçamento participativo ganham destaque. Cardin ressaltou a postura de representantes da administração municipal nas reuniões com a população, que ele entende estar no plenário apenas como mera espectadora de “sessões de autoelogio”. O filiado do PR chegou a insinuar que a coordenação de tais encontros sequer cumpre o protocolo de bons modos.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;text-indent: 14.2pt; "><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Helio Malheiros, em reportagem ao JC, sugeriu a criação de uma ouvidoria na Prefeitura para que “houvesse maior interatividade entre a administração e a população”. A comunidade não se sente presente na Prefeitura. A pífia presença dos cidadãos nas sessões da Câmara, nos conselhos e nas reuniões abertas não mostra outra coisa. Na FAI a situação não é diferente.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;text-indent: 14.2pt; "><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Bem sabemos que a crítica causa mal-estar, mas ela é necessária, também porque temos atualmente na cidade uma oposição dispersa, enfraquecida, que sequer tem conseguido resolver suas mazelas. E o que pode haver de mais inconveniente do que um governo que se coloca como absoluto? O que pode haver de pior do que editoriais que colocam a cidade como um Éden cravado na Alta Paulista quando a realidade mostra que isso está longe de ser verdade?</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;text-indent: 14.2pt; "><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Quem ocupa o poder público não pode estar alheio às “vozes da rua”. Como afirma Foucault, as ideias são tão pragmáticas quanto às ações, porque são elas que levam à ação.</span></span><o:p></o:p></span></p>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-66680710749082265212009-09-26T16:49:00.000-07:002009-09-26T16:54:03.149-07:00Madame Lulu<div style="text-align: justify;">Nesta semana esteve em Adamantina uma cartomante (muito parecida com Luciana Gimenez) cujas previsões políticas lhe renderam o título de maior autoridade brasileira no assunto. Diante de tais atributos (principalmente do primeiro), resolvi procurar a moça para saber as respostas sobre algumas coisas estranhas que andam acontecendo na cidade.<br /><br />Chegando à elegante residência onde ela estava hospedada, precisei apertar a campainha várias vezes. Depois que o portão eletrônico abriu, apareceu um sujeito afeminado que foi logo perguntando: “Você tem hora marcada com madame Lulu?” Como me mostrei desentendido, ele disse: “É isso mesmo moço, se não tem, cai fora!” Mas uma voz aveludada veio da casa: “Dézinho, deixe o cronista entrar!”<br /><br />Constrangido, acompanhei o “delicado” rapaz até a sala da famosa vidente. Madame Lulu pediu-me que não me importasse com Dézinho, pois ele estava perturbado com o caso do papagaio. Ela explicou: “Para ficar livre do papagaio do vizinho, que só vivia falando palavrão, Dézinho trancou o bicho no freezer durante três dias”. Quando perguntei se o loro tinha virado picolé, ela respondeu: “Não, quando abrimos o freezer, ele começou a gritar: “Viva a Caiuá!, viva a Caiuá!” Como se vê, a mulher nem bem chegou e já sabe direitinho a piada que rola na cidade...<br /><br />Quebrado o gelo, Luciana Gimenez, digo, a bela cartomante, pediu que eu cortasse um baralho colorido, escolheu uma carta e disparou: “Eles deveriam saber que no dia da árvore precisariam plantar pés de arruda, comigo-ninguém-pode, espada de São Jorge e outras do gênero, e não patas-de-vaca!” E, apontando uma foto dos plantadores de pata-de-vaca completou: “Do jeito que os oposicionistas populistas estão mandando maus fluidos para essa gente, a escolha dessa espécie foi infeliz...”<br /><br />Enquanto dizia, Lulu mostrava a foto do Diário do Oeste de terça-feira em que um alcaide, cercado de afetuosos auxiliares, enterrava uma muda. A vidente suspirou, buscou ajuda nos astros e previu: “Com esses olhares ternos das pessoas em volta, logo logo essas mudas virarão duas enormes árvores!” Disse isso visivelmente emocionada (Madame confessou-me depois, quando já estávamos íntimos, que uma das coisas que mais a emocionam é o jeitinho angelical das pessoas quando querem agradar. Ela me olhou profundamente e perguntou: “Você já imaginou como tudo seria diferente se essa também fosse a expressão desta gente ao lidar com os munícipes e com os subordinados?!...)<br /><br />Percebendo a sabedoria de Lulu, perguntei sobre a candidatura de Cleusa da Pastoral em 2012. Depois de mexer o baralho, Lulu retirou uma carta e sentenciou: “Nem mesmo o depoimento do homem sem cinta, de camisa vermelha e que gosta de falar sobre jacarés vai impedir que a valente petista seja eleita prefeita em 2012”. Sabendo que algumas pessoas não iriam gostar da previsão, a bela desafiou: “Por que os políticos que não concordam com a candidatura da vereadora não fazem uma pesquisa de opinião com o nome dela para prefeita?”<br /><br />Entusiasmado com as previsões de madame Lulu, comecei a imaginar a cara daqueles que andam dizendo que sou “vidente” no dia em que for realizada a pesquisa de opinião, proposta pela cartomante. Nisso a sensual voz de Lu me despertou de mais esse devaneio: “Você prefere Black Label com tônica ou com soda?” O que aconteceu em seguida eu conto depois... Fui.<br /></div>Londrinahttp://www.blogger.com/profile/04638541112146398829noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-22665099981600512662009-09-24T17:53:00.000-07:002009-09-24T19:12:51.373-07:00Artigos e discriminação em Adamantina<p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">A intensa liberalidade do mundo atual cria a falsa impressão de que os direitos individuais estão garantidos e que qualquer manifestação contrária não ganhará meia dúzia de adeptos. Mas a vigilância sobre o comportamento social se mantém como prática institucionalizada; a defesa do toque de recolher e a proibição de fumantes nos estabelecimentos comprovam a tese.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">Em recente artigo um líder religioso escreveu no jornal Diário do Oeste: “O movimento homossexual continua a impulsionar suas ações, confirmando tragicamente a descida cada vez mais intensa para dentro da espiral mortal [...] A Suprema Corte de Iowa anulou a proibição do casamento gay em abril de 2009. É degradante! É o fim de uma civilização exemplar e decente.”</span></span><i><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><o:p></o:p></span></span></i></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">As palavras do religioso lembram os discursos de regimes totalitários, que defendiam uma concepção de sociedade perfeita e de homens perfeitos. Para esse gênero de discurso, qualquer comportamento contrário seria degradante. Anula-se o indivíduo e padroniza-se o pensamento. Se trocar homossexual por judeu, o artigo de Adamantina muito se assemelha à propaganda nazista.</span></span></span><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">A presente questão não deve centrar-se apenas no debate da homossexualidade, e sim no direito do indivíduo de escolher, por meio da própria racionalidade, o que entende ser melhor para sua vida. <span class="Apple-style-span" style="line-height: normal; ">O religioso usa a liberdade de expressão para negar a liberdade sexual, ato íntimo e que diz respeito apenas à vida privada. Classificar como trágico e degradante o movimento homossexual é uma opinião que deve ser reservada a si mesmo, e não imposta a todos os adamantinenses que buscam um jornalismo tolerante e pluralista.</span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">Daniele Hervieu-Léger, socióloga francesa, escreveu recentemente que “uma instituição religiosa não pode prescrever aos fiéis práticas e comportamentos que os conduziriam à contravenção das leis”</span></span><i><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">.</span></span></i><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"> A figura do líder religioso tem um grande poder mobilizador, ainda mais em cidades interioranas. Suas palavras, muitas vezes, valem mais do que as das autoridades e dos familiares. </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:14.2pt"><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">Por isso deve haver ponderação em certos assuntos, principalmente os que levam a práticas discriminatórias. O </span></span><i><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">bullying</span></span></i><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"> nas escolas, as perseguições, os espancamentos contra homossexuais, são fatos reais que mostram o quanto essa questão deve ser debatida; o quanto esse tipo de preconceito deve ser desestimulado.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"> Brüno, mais recente filme do comediante Sacha Baron Cohen, ganhador do Globo de Ouro, satiriza o mundo fashion e a percepção da homossexualidade em certos grupos. Numa das cenas mais hilárias, o protagonista se encontra com um pastor que promete fazê-lo heterossexual. Quem assiste ao filme ouve com espanto os conselhos do clérigo americano. Mas as risadas constrangidas da plateia mostram que as absurdas ideias do filme podem estar mais próximas do que se imagina. </span></span></p>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-16812729944213011852009-09-20T05:50:00.000-07:002009-09-20T17:04:52.536-07:00Adamantina, 2057<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'times new roman'; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Sete anos depois do famoso discurso da inauguração do Bloco de Letras Aripuanã, o ex-prefeito e ex-diretor da FAI Professor Doutor Bruno Pinto Soares tem um novo e importante desafio pela frente: foi escolhido pelos colegas imortais da Academia Adamantinense de Letras para conduzir as cerimônias de desterro das propostas do I Fórum de Desenvolvimento de Adamantina, ocorrido em 2007.</span></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Apesar da imensa expectativa na Praça Élio Micheloni, o historiador está sereno. Nem mesmo a longa oração feita minutos atrás por um octogenário ex-vereador famoso por cansativas rezas em cadeia de rádio consegue tirar a concentração do intelectual. E é assim, calmo como um padre franciscano, que Doutor Bruno dá o sinal para que os trabalhos de desterro se iniciem. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Após cavarem o duro chão da praça, seus discípulos encontram a resistente caixinha onde foram guardadas as tais propostas de 50 anos atrás. O octogenário ex-edil propõe nova oração antes da abertura da urna, mas o mestre de cerimônias faz ouvidos moucos e ordena a abertura do recipiente. Aí o bicho pegou pra valer. Explico.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Dentro da caixa, em vez das esperadas propostas de 2007, são encontradas várias carcaças de sapos com a boca costurada. E dentro dessas bocas, o nome de políticos que comandaram a cidade no início do século. O pânico se instala. Algumas pessoas saem em debandada, inclusive o octogenário ex-vereador petista, com sua surrada bíblia debaixo do braço. Mas Doutor Bruno, senhor da situação, dá inicio a mais um memorável e esclarecedor discurso:</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">“Senhores, acalmem-se, por favor! Saibam que há uma explicação para esses sapos: isso ocorreu porque velhos políticos que se intitulavam oposicionistas (mas que na verdade não passavam de populistas), numa de suas costumeiras trapalhadas trocaram o recipiente das propostas elaboradas no I (e único) Fórum de Desenvolvimento de Adamantina por uma caixa contendo um despacho de macumba encomendado ao saudoso Pai Chico.”</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Depois de uma pequena pausa, o historiador puxa o fôlego e retoma seu discurso, ainda para falar sobre a oposição que existiu na cidade entre 2005 e 2012.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">“Se alguém foi de fato oposição naquela época, esse alguém se chamou vereadora Cleuza da Pastoral. Ao contrário dos intelectuais e dos trapalhões populistas que pareciam usar os óculos verdes dos jumentos nordestinos (truque usado para fazer os animais acharem que folhas secas eram verdes), a brava petista sempre enxergava tudo o que ocorria na cidade, tanto é que acabou se elegendo prefeita em 2012.”</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Continuando seu antológico discurso, Doutor Bruno recorda como nasceu o Rio Ganges de Adamantina: “Em 2012, alguns oposicionistas populistas, ao notarem que não tinham candidato para prefeito, sofreram sérios danos de saúde. Por conta disso, em 2013, a prefeita Cleuza mandou fazer uma lagoa no córrego Tocantins, na altura do Parque dos Pioneiros, e assim criou o Ganges adamantinense. Era bonito ver o ritual purificador de almas que os oposicionistas populistas faziam naquelas águas!”</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">“Bonito era, mas infelizmente de nada valeu, porque a oposição populista não prosperou. Há historiadores que afirmam que o fiasco se deu por falta de lideranças no grupo, mas a verdade parece estar com os estudiosos que afirmam que a oposição daquela época deu com os burros n’água, digo, não deu certo, porque um militante não suportava o outro.” E calorosos aplausos festejam a lucidez do orador.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">“Obrigado, meus amigos, e tenhamos esses sapos apenas como um legado à posteridade da atrapalhada militância oposicionista adamantinense do começo do século!” Mais uma vez acalorados aplausos de uma plateia agora já completamente tranquila e conhecedora dos fatos históricos. “É verdade, depois que o chefe-mor dos oposicionistas populistas saiu do poder, eles perderam totalmente o rumo”, concordou um dos velhinhos que descansavam na generosa sombra da estátua da prefeita de 2013-2016.</span></div></span>Londrinahttp://www.blogger.com/profile/04638541112146398829noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-47491224793205365962009-09-15T20:14:00.000-07:002009-09-15T20:18:02.580-07:00Apenas um alerta<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">A manchete desta edição, “Aumento de portas para alugar assusta adamantinenses”, coloca na pauta o setor imobiliário, principalmente quanto a alugueis e compra e venda de construções residenciais e comerciais na cidade. Trata-se de simples constatação por meio de uma pesquisa cuidadosa, na qual foram percorridas todas as ruas cidade. O objetivo é o de alertar para um quadro que tem sido objeto de preocupação, principalmente entre aqueles que acreditam e investem em Adamantina. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><span class="Apple-style-span" style=" ;font-size:13px;"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Antes de tudo, não se pode falar em tendência na medida que os índices estão na faixa das oscilações sazonais, ou seja, das variações de mercado, principalmente levando em conta a crise mundial da economia. Adamantina não está isenta, como qualquer outra cidade de seu porte, dos reflexos da crise. Porém, o quadro deve servir de alerta para que isso não venha se transformar numa tendência de mercado. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Cabe ao executivo, legislativo e entidades de classe (ACEA, Sincomercio etc) avaliar, com frieza racional, a situação e tomar as providências necessárias. Neste sentido, destaca-se a missão do Conselho de Desenvolvimento da Cidade, designado pelo Executivo para implementar políticas de desenvolvimento socioeconômico adequadas aos anseios dos munícipes. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Portanto, o objetivo da reportagem é o de estimular respostas acertadas aos desafios que o presente impõe a todos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" font-weight: bold; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Editorial - Jornal da Cidade - 14/09/2009</span></span></div></span></span>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-67782093300767858512009-09-12T08:08:00.000-07:002009-09-12T08:13:21.687-07:00Adamantina, 2050<div style="text-align: justify;">Estamos em 2050. O diretor da FAI, Professor Doutor Bruno Pinto Soares, se prepara para descerrar a placa de inauguração do Bloco de Letras Aripuanã, cujas alas vão receber os nomes de três ilustres educadores adamantinenses: Alfredo Peixoto, Mauro Cardin e Luiz Carlos Galvão. O mestre de cerimônias passa a palavra para o historiador. Emocionado, Bruno Soares, que, a despeito das polêmicas religiosas da juventude, agora é chefe da Pastoral de Comunicação da igreja local, dá início a seu histórico discurso:<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">“Senhores, antes de qualquer coisa, quero dizer que o nome Aripuanã, com o qual batizamos o novo bloco, tem um especial significado para mim, pois, foi em Rondônia, na Reserva Indígena Aripuanã, que os dois primeiros homenageados encerraram suas brilhantes carreiras acadêmicas. Mas voltemos um pouco no tempo para que todos conheçam a história desses dois mártires da educação.<br /><br />“Corria o ano de 2012 quando Mauro Cardin e Alfredo Peixoto, desanimados com o resultado das eleições municipais, adquiriram suas motos Harley Davidson, modelo chopper, e caíram na estrada rumo a um projeto pedagógico na Amazônia. O objetivo era ensinar português aos filhos dos cupuaçuzeiros que habitavam as florestas daquela região.<br /><br />“Diante da distância e dos riscos da viagem, os dois gastaram várias semanas nos preparativos. Depois que ficaram prontas suas vestes de couro, que muito lembravam as de Peter Fonda e Dennis Hopper no lendário filme ‘Sem Destino’, ambos partiram para aquelas que seriam suas últimas aulas.”<br /><br />Enxugando os olhos, o grande orador e inesquecível ex-prefeito Bruno Soares (gestões 2017-2020 e 2021-2024) se recorda da ciumeira que teve de enfrentar por ocasião do lançamento de sua candidatura em 2016 e explica à plateia que, já em 2009, sua vitória eleitoral houvera sido profetizada pelos dois homenageados. E, com a voz embargada, continua: “Lamentavelmente, meus amigos, ao chegarem à Reserva Aripuanã, em Rondônia, nossos heróis foram capturados por ferozes índios cintalargas.<br /><br />“Levados à aldeia, ambos foram submetidos a um cruel julgamento pelos pajés da tribo que, assustados com o símbolo de bandeira pirata da jaqueta do professor Alfredo, composto de caveira e ossos cruzados, tiveram a visão de que os educadores adamantinenses seriam a reencarnação de antigos inimigos antropófagos. Os nativos decidiram então resolver a questão ao modo tradicional, ou seja, na base da borbuna (porrete usado para matar garimpeiros) .”<br /><br />“Essa homenagem é mais do que justa”, observam alguns alunos. “Por que será que esses dois nunca tiveram uma chance?”, perguntam-se uns poucos professores.<br /><br />Após tomar um gole d’água, Doutor Bruno retoma seu discurso, agora para exaltar o mérito do terceiro homenageado.<br /><br />“E saibam, meus amigos, que o professor Galvão, apesar de pequenas diferenças no modo de agir, também foi injustiçado. A começar pela perda da direção do partido político que mais amou. Isso aconteceu bem na época em que o grande professor e emérito político lutava por grandes projetos culturais, como a aquisição de livros em hebraico, japonês, latim, coreano e javanês para a biblioteca municipal. Outra coisa, vocês sabiam que a Academia Adamantinense de Letras também foi ideia desse inesquecível educador?<br /><br />“Pois é, infelizmente, o destino também aprontou com o professor Galvão, que nunca imaginou que ser o primeiro presidente de uma academia de letras como a nossa era um enorme risco para a saúde.<br /><br />“Agora que todos conhecem a história de nossos homenageados, declaro inaugurado o Bloco de Letras Aripuanã e suas alas Alfredo Peixoto, Mauro Cardin e Luiz Carlos Galvão. Obrigado a todos!” A seguir, Doutor Bruno faz demoradas reverências diante das imagens de santo do recinto e manda benzer as dependências. “O tempo é o senhor da razão!”, murmura o velho padre encarregado da tarefa. “O que disse, Padre?”, indaga o erudito. “Nada, nada...”, responde o quase centenário pároco local já iniciando sua sacra missão.<br /></div>Londrinahttp://www.blogger.com/profile/04638541112146398829noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-61387245360927154642009-09-09T16:17:00.000-07:002009-09-09T16:20:30.444-07:00Uma vergonha...<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Quem é que nunca reclamou das constantes quedas de energia em Adamantina. Como diz um leitor: “é só cachorro pensar em urinar no pé do poste que já cai a energia da cidade inteira”. O cidadão que paga corretamente por utilizar os serviços da Caiuá quer ser bem atendido. Imagine se você ficar sem pagar energia elétrica? A Empresa, após os trâmites burocráticos, com certeza, mandar-lhe-á um aviso de corte no fornecimento de energia elétrica. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Tahoma;font-size:13px;"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Quem paga o prejuízo ao cidadão que teve perdas com a interrupção de energia elétrica? E quando há sobrecarga de energia, com queima de equipamentos eletrônicos, além de outros prejuízos? Se o cidadão não tem seguro residencial ou comercial, só será ressarcido no pólo judicial. A questão é sempre a mesma: nem mesmo chove, apenas um início de mudança de tempo já é suficiente para provocar interrupção no fornecimento de energia. Como exemplo, ontem, 07, por volta das 21 horas, houve uma queda abrupta, seguida de retorno da energia. Quantos não estavam trabalhando e foram surpreendidos com perda de textos ou coisa do gênero, além de outros prejuízos? </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">A Caiuá está em Adamantina desde final dos anos 40. Mas a impressão que se tem é a de que a sua tecnologia é quase a mesma daquele tempo. O pior de tudo é que, como tudo sugere, a Administração Pública e a Câmara quase nada tem feito para exigir da empresa respeito ao consumidor adamantinense. Salvo engano, a situação, quase sempre, acaba sendo relegada a plano secundário. Caso tivessem se empenhado à altura do problema, certamente, a situação seria outra. E, mesmo que tive tido ações para tentar superar este tipo de problema, pelas evidências do presente, foram pífias e ineficazes. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">São situações desta natureza que acabam reforçando o sentimento, na população, de que o poder público, além de oneroso, está longe de atender o básico da condição cidadã dela. O que acontece em nossa cidade, relação aos serviços de fornecimento de energia, é uma vergonha que afronta a condição cidadã do adamantinense.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';font-size:180%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 18px;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';font-size:180%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times; font-size: 16px; font-weight: bold; ">Editorial - Jornal da Cidade - 08/09/2009</span></span></span></div></span>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-84871650218344116412009-09-06T11:59:00.000-07:002009-09-06T12:02:27.065-07:00Manifesto de um cronista<div style="text-align: justify;">Começo meu manifesto parafraseando La Fontaine. “Críticos e políticos, principalmente os últimos, só dão atenção àquilo que querem ouvir e só acreditam na desgraça quando veem a cara que ela tem”. Mas não pensem os detentores do poder que uso tais palavras para provocá-los. Acontece que as questões a seguir podem ser debatidas por todos, no entanto só os políticos podem resolvê-las. Então é a eles que questionamos:<br /><br />1) Quando será que os políticos adamantinenses vão entender que é preciso dar algum tipo de incentivo aos empresários que acreditam que a educação pode trazer mudanças positivas para a sociedade e, consequentemente, liberam seus empregados em horário de expediente para as atividades universitárias exigidas pelos cursos da FAI?<br /><br />2) Quando será que os políticos adamantinenses darão destinação correta ao terreno existente ao lado da Camda, fruto de uma luta de vários anos do saudoso Dr. Cândido Jorge de Lima, deste humilde cronista e do petista João Grandão? Será que no local não daria para construir uma dessas creches modelo que o governo Lula anda distribuindo aos montes, uma vez que a EMEI da Cecap foi edificada ao lado do cemitério, portanto em lugar inadequado?<br /><br />3) Quando será que os políticos adamantinenses vão entender a necessidade de contratação de enfermeiras para as creches, para ministrar medicamentos e prestar os primeiros socorros às crianças em caso de acidente? Aliás, em agosto de 2008 fizemos essa proposta à Prefeitura e, para resguardar o direito das educadoras das EMEI’s, encaminhamos cópia à Câmara e ao Ministério Público. Se tais justificativas não bastam, que tal lembrarmos a gripe suína?<br /><br />4) Quando será que os políticos adamantinenses vão perceber que muitas leis municipais precisam ser revistas, pois da forma que estão atrapalham o desenvolvimento do município? Um exemplo é a lei sobre doação de terrenos (áreas comerciais ou industriais), que impede os empresários de fazer financiamentos com o menor juro dos últimos 40 anos. Detalhe, o professor Rogério Buchala está buscando legislação de outras cidades para adequá-la a Adamantina. Essa tarefa não seria de nossos políticos?<br /><br />5) Quando será que os políticos adamantinenses vão criar coragem para desviar da cidade os caminhões de cargas fétidas que transitam por nossas principais ruas e avenidas? Em tempo: qual será o motivo que impede a Prefeitura de pôr em prática a alternativa (ao anel viário oficial) que meses atrás apresentamos para resolver essa lamentável situação?<br /><br />6) Quando será que os políticos adamantinenses vão notar que a grande quantidade de imóveis com placas de vende-se ou aluga-se pode ser sinal de que alguma coisa muito ruim está para acontecer na cidade? Seria isso reflexo do aumento desenfreado de loteamentos no município? Ou seriam os primeiros sintomas de que é chegada a hora de dar mais dinamismo à nossa faculdade?<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Encerrado o questionamento, agora faço um agradecimento e um apelo. O agradecimento é aos cidadãos que debatem e dão sustentação às minhas humildes considerações, especialmente os radialistas, que não têm medido esforços para propagar o que tenho escrito pelas ondas do rádio. O apelo é para que as forças políticas da cidade entendam que sou apenas um adamantinense que vê maior risco nas pedras menores, já que as maiores podem ser percebidas mais facilmente.<br /></div>Londrinahttp://www.blogger.com/profile/04638541112146398829noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-81370287306004443422009-09-03T17:29:00.000-07:002009-09-03T17:31:51.944-07:00O que pensa o cidadão adamantinense?<p style="margin-top:0cm;margin-right:6.0pt;margin-bottom:0cm;margin-left:6.0pt; margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Na última semana, após esperarem bem mais de 30 minutos na fila do banco, a insatisfação das pessoas era visível. Havia apenas um caixa. Não são muitos os cidadãos que sabem que no município, desde 2005, há uma lei regulamentando o tempo de espera nas filas. Mas o que pensa o cidadão adamantinense ao ver que, na prática, seus direitos não são respeitados?</span></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:6.0pt;margin-bottom:0cm;margin-left:6.0pt; margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">A administração pública convoca os munícipes para participar de conselhos, reuniões sobre trânsito, sessões da Câmara, etc, mas o baixo comparecimento mostra a pouca importância que a população dá a esses encontros.</span></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:6.0pt;margin-bottom:0cm;margin-left:6.0pt; margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Por que a pessoa deixaria trabalho, família e lazer para participar de algo que não vê funcionar? Por que estar presente, se nos assuntos corriqueiros que lhe dizem respeito a atuação do poder público sequer é percebida?</span></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:6.0pt;margin-bottom:0cm;margin-left:6.0pt; margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">O que pensa o cidadão adamantinense ao esperar tanto tempo numa fila? Ao passar por calçadas mal arrumadas pela concessionária de água e esgoto e saber que assim vão ficar? O que pensa ao saber que a lei que restringe a entrada de menores de 16 anos em certos locais muitas vezes não é cumprida? Que mesas tomam as calçadas mesmo sendo proibidas? Que filhos da classe média consomem drogas nas festas, mas os jornais só noticiam as apreensões feitas na periferia? O que pensa ao ouvir que seus representantes processam ou intimidam quem critica seu trabalho? O que pensa aquele que acorda de madrugada para ficar na fila do posto de saúde e muitas vezes é mal atendido no pronto-socorro? E ao ver a festa popular da cidade ser cancelada, enquanto Tupi Paulista, Junqueirópolis, Presidente Venceslau, Presidente Prudente e Barretos mantêm suas programações?</span></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:6.0pt;margin-bottom:0cm;margin-left:6.0pt; margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Muito se discute sobre a participação popular nos rumos de Adamantina, mas como trazer a população para as grandes discussões, se nas pequenas coisas ela não se sente representada? Assuntos como desenvolvimento da região, hospital regional e qualquer outro tema importante perdem a força sem a atenção do público.</span></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:6.0pt;margin-bottom:0cm;margin-left:6.0pt; margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Em Nova York, na década de 1980, uma das políticas para revitalizar a cidade era fazer o poder público presente. Nenhuma vidraça quebrada, nenhum prédio deteriorado, nenhum crime sem punição. A mudança de postura da população foi visível. Deu certo principalmente porque a comunidade se sentiu representada e aderiu à proposta.</span></span></p> <p style="margin-top:0cm;margin-right:6.0pt;margin-bottom:0cm;margin-left:6.0pt; margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:14.2pt"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Não se espera que o cidadão adamantinense pense em política depois de esperar em pé quase uma hora para pagar suas contas e de saber que muitas vezes as leis são letras mortas.</span></span><o:p></o:p></p>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-27660635136038884232009-09-01T17:51:00.000-07:002009-09-01T17:56:23.949-07:00Pensando no exemplo de Botucatu<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">A proposta de renovação de contrato formulada pela Sabesp à prefeitura de Botucatu é emblemática. Cidade que, em 1974, era de 30 mil habitantes, com 10 mil ligações de água, hoje tem 110 mil habitantes, com cerca de 43 mil ligações. Claro, esse ritmo de crescimento é um dos responsáveis pelo interesse da Sabesp em Botucatu. Porém, isso não basta. Sabesp sabe da importância de Botucatu no cenário regional, principalmente no campo do ensino e da pesquisa, que vem sendo muito bem desempenhado pela Unesp, que já colocou a sua faculdade de agronomia e de medicina entre as melhores do país.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Diante disso, a direção da estatal (Sabesp) ofereceu 110 milhões de reais (equivalente a 1 milhão de reais para cada mil habitantes), além de outras vantagens para comunidade, como moeda de troca pela renovação do contrato para um período de 30 anos, com previsão de revisão a cada quatro anos. Por que isso? Algo deva ter despertado o seu interesse. Esse algo tem a ver com a expectativa de retorno que a referida renovação oferece. Questão de cálculo. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">O mesmo se deve esperar em relação a Adamantina, que também indica ser uma cidade de aspiração regional. E nisso, Adamantina, espera-se, deve levar vantagem em relação a Dracena. Aqui tem Sabesp, lá não. Aqui tem FAI, lá não. Adamantina é a 3ª colocada da região de Prudente em volume de exportação, sendo superada apenas por Presidente Prudente e Presidente Venceslau. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Assim, seguindo o raciocínio aplicado pela estatal (Sabesp) a Botucatu, espera-se que, no mínimo, com uma população de 34 mil habitantes, que a renovação aquinhoa a comunidade adamantinense com no mínimo, 34 milhões de reais, além de outras vantagens. Porém, isto só vai acontecer se houver maior contundência do Executivo e do Legislativo nas negociações com a Sabesp. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Se ficar como anda a carruagem, Adamantina deverá assistir uma das maiores perdas de oportunidade de virar o jogo regional. Hoje, apesar de tudo, o jogo ainda favorável. Depois de assinado, só restam as lamentações de eventuais equívocos e omissões cometidos no processo.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Editorial - Jornal da Cidade - 31/08/2009</span></b></div></span>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-52760944730768394732009-08-25T17:11:00.000-07:002009-08-25T17:18:02.441-07:00Expectativa de uma grande avenida<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">A estrada intermunicipal, que liga Adamantina a Lucélia, não tem recebido tratamento adequado. Trata-se de uma vicinal que une duas cidades, que dista uma da outra não mais que cinco km. A população das duas cidades é de quase 60 mil habitantes. </span></span></div><div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Desde a sua pavimentação, no final dos anos setenta, nenhuma melhoria expressiva realizada. Quase sempre, aplicam-se precários serviços de tapa-buracos e de lama asfáltica, que apenas acabam remediando os problemas. Atualmente há trechos precaríssimos, com muitas crateras. Além disso, o acostamento, de ambos os lados, está tomado de buracos e capinzal, que torna ainda mais precária a segurança do tráfego.</span></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Observe-se que é uma pista muito movimentada. Por ela, trafegam carros, caminhões, motocicletas, bicicletas, carroças e pedestres. Ressalte-se, também, que a vicinal é um trecho curto, se comparada com outras da região. Porém, apesar disso, tem sido muito mal-cuidada. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Sabe-se que a partir de janeiro próximo, o governo do Estado estará investindo na recuperação de vicinais da região de Adamantina, totalizando de 20,8 km previstos, num investimento de R$ 7,8 milhões. Espera-se, portanto, que a vicinal Adamantina-Lucélia receba o tratamento merecido. Ela tem tudo para se tornar uma avenida, com mão dupla, bem sinalizada, e com uma iluminação adequada em toda sua extensão.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Um dos maiores beneficiados desta conquista seria o comércio de Adamantina. Porém, isso só será possível se houver um trabalho político a altura da expectativa. É o que espera a população.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" font-weight: bold; "><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">EDITORIAL - Jornal da Cidade - 24/08/2009</span></span></div></span></div>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-24597054594762506952009-08-24T14:18:00.000-07:002009-08-24T14:24:12.585-07:00Apenas três suspeitas... Será?<span class="Apple-style-span" style="color: rgb(102, 102, 102); font-size:13px;"><div align="center"><em><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">“O Brasil é um asilo de lunáticos onde os pacientes assumiram o controle”, Paulo Francis.</span></span></em></div><div align="center"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><br /></span></span></span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';">Na tarde de sexta-feira, 20, uma estudante de apenas 19 anos foi internada na UTI da Santa Casa de Adamantina com suspeita de Gripe A (H1N1).</span></span></span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><br />Este seria o terceiro caso suspeito na cidade: um homem de 57 anos estava internado, mas seu estado clínico melhorou e uma mulher de 36 anos faleceu na última semana. Duvido que estes sejam os únicos casos suspeitos em Adamantina.</span></span></span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><br />A segunda suspeita, só foi noticiada após a primeira morte. Apesar da insistência da imprensa em obter informações e alertar à comunidade – ainda mais – sobre a doença. Mesmo assim, as autoridades locais “lavaram as mãos” e permitiram eventos públicos com grande aglomeração de adolescentes.</span></span></span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><br />Não podemos parar de viver, é obvio, no entanto, como dizia minha avó “caldo de galinha e precaução não fazem mal a ninguém”. Enquanto isso, autoridades de Osvaldo Cruz – mesmo equivocadas – divulgaram um ‘pseudo-caso-confirmado’ e alertaram a população. Dias após, identificaram um ruído de comunicação e corrigiram a informação.</span></span></span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><br />Aqui, a ‘cortina de fumaça’ continua. No jogo de bastidores, a população é prejudicada pelo ‘medo’ de divulgar e pela presteza em ‘omitir’.</span></span></span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><br />Há algum tempo, atuava em um jornal de Adamantina quando noticiei o pior índice de mortalidade infantil da história da cidade, dados assustadores, semelhantes aos encontrados em países da África... Eram dados oficiais, porém, muitos ‘poderosos’ ficaram raivosos com a divulgação de tal informação.</span></span></span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><br />Depois disso, senti na pele ou nas páginas, como preferir, o poder do controle da informação. Naquela época, buscava todos os dias da semana obter uma única informação, entretanto, apenas um jornal a conseguia.</span></span></span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><br />Estava instaurado o novo sistema de direcionamento e manipulação. Antes, atuavam como censores nas redações, agrediam psicologicamente, agora, controlam a informação e a direcionam como querem e a quem preferem.</span></span></span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><br />A informação saía das “salas brancas” direto para as páginas do ‘jornal escolhido’. Nenhum questionamento, nenhuma vírgula alterada, nada. Apenas o nome do autor era alterado (pra não dar na cara, é lógico!). E, apesar da “orientação expressa”, a assessoria de imprensa, muitas vezes, lia a matéria depois de publicada ou se curvava à grosseria do ‘poderosão’.</span></span></span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><br />Sei disso porque, durante este processo de controle de informação, trabalhei no ‘jornal escolhido’ e presenciei esta atrocidade. O jornal não tem culpa, afinal todo veículo de comunicação luta para ter exclusividade. A grande mídia até paga!</span></span></span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><br />Dito isso, somente um fato poderá sanar minhas dúvidas quanto ao número de casos suspeitos de Gripe A (H1N1) em Adamantina: analisar o registro de distribuição de medicamentos à base de Oseltamivir (Tamiflu). Caso contrário – com dos fatos citados acima – </span></span></span><strong><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';">duvido</span></span></span></strong><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';">!!!!!</span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><b>Everton Santos - Jornalista</b></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#000000;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><b>Artigo publicado no Jornal da Cidade - 24/08/2009</b></span></span></span></div></span>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-38096590304575507622009-08-22T08:28:00.000-07:002009-08-22T08:33:49.891-07:00Uma receita e um resumo<div style="text-align: justify;"> Depois de muito refletir sobre os incidentes envolvendo alguns políticos da cidade, cheguei à conclusão de que está na hora de lhes receitar um poderoso remédio: a milagrosa dieta do maracujá. Mas não pensem os leitores que estou de gozação com os queridos cidadãos, pois o que não desejo para mim não desejo para os outros.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br /> No entanto, essa dieta milagrosa exige algum sacrifício. Feita a ressalva, vamos à receita: 1) O doente precisa acordar antes do sol nascer para, ainda em jejum, tomar o suco de sete maracujás sem açúcar e com as sementes trituradas. 2) No almoço deve comer sete pés de alface temperados com sete colheres de vinagre de maracujá. 3) No jantar repete-se o cardápio. Se tudo correr bem, na noite do sétimo dia de tratamento (que dura sete semanas) o doente pode comer sete colheres de mousse da mesma fruta e tomar uma colher de mel.<br /><br /> Agora com a consciência mais tranquila por essa dica para relaxar os nervos do pessoal que tem visto motivo para briga em tudo, vejamos os fatos que marcaram a semana. Na segunda, por falta de energia elétrica, a sessão dos vereadores, realizada em parte sob a luz de um romântico farolete, transcorreu na mais perfeita harmonia. O lirismo da histórica noite só não foi maior porque alguém, depois de arrolar fortíssimos argumentos, se autoproclamou “presidente” de certa bancada parlamentar. Comenta-se que tenha sido essa bombástica declaração que queimou o transformador da Caiuá, o que é mera especulação.<br /><br /> Mesmo sem o romantismo da sessão legislativa, dois outros fatos também são merecedores de registro: o depoimento de valorosos vereadores na delegacia de polícia sobre o famoso caso das telhas e a publicação, lado a lado, da réplica do “capitão” do Íbis e da tréplica do “presidente” do Cosmos, na polêmica discussão sobre o futuro de nosso saneamento básico. Pelo visto está aí mais uma queda de braço que não vai ter vencedor.<br /><br /> Enquanto isso, a popularidade da “presidente” do Palestra da Alta Paulista continua crescendo. Até abaixo-assinado pedindo sua volta à direção da equipe que liderou por mais de três anos vem sendo articulado por ex-comandadas. Quem não vem tendo a mesma sorte é o meiocampista do Íbis que já foi presidente da Câmara duas vezes. Apesar de ser muito habilidoso, no atual esquema tático da equipe o craque não tem vez. A bola continua sendo lançada da defesa para o ataque sem passar por ele.<br /><br /> Enfim, meus amigos, por esse resumo dá para notar que a semana não foi das piores e que encerro minha crônica sem falar do “Faz-me-rir”. É que o time dos partidos nanicos não gerou nenhuma novidade que mereça ser mencionada; aliás, o “Faz-me-rir” não vem acertando um lance, sai mal na foto (Ririri!...) e há muito tempo sequer consegue fazer a bola passar do meio de campo. Fui.<br /></div>Londrinahttp://www.blogger.com/profile/04638541112146398829noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-19635198757994790852009-08-19T19:41:00.000-07:002009-08-19T19:44:59.643-07:00Refém da Sabesp<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Por mais que faça, a Sabesp sempre vai ser devedora à população adamantinense, mesmo que troque toda a tubulação e integralize o sistema de tratamento de esgoto. Sabe-se que desde maio de 1977, a referida empresa vem explorando os serviços de água e esgoto do município.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Apesar da tarifação do esgoto em 80% do valor da água consumida, somente em 1998 é que a Sabesp resolveu construir a 1ª lagoa de tratamento no setor leste, no córrego Oriente, responsável por 38% da rede. Isso depois de muita pressão da Apromam e do Ministério Público, sob atuação da então promotora de justiça, Elika Kano, com intensa participação da mídia local. Na ocasião, disseram que em breve ocorreria a construção da 2ª lagoa, no setor oeste, que estaria integralizando o sistema de tratamento. Porém isso não aconteceu. A luta continuou e só por força de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), firmado com o Ministério Público, sob a condução do promotor de justiça, José Augusto de Barros Faro, é que a Sabesp resolveu construí-la. Há de se lembrar que o convênio venceu em setembro de 2007. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Há também de se destacar a dissimulada atuação da Administração Municipal. Desde 2005, quando assumiu o comando, pouca importância tem dado ao assunto. Tanto o é que somente, de última hora, em meados de 2007, resolveu designar uma comissão de trabalho com o fim de estudar o assunto. Porém, apesar dos esforços de membros, a impressão que ficou é a de que tudo foi feito para “inglês ver”. Cada vez mais, fica claro que a estratégia adotada pela Administração é a de fazer a renovação do contrato, com o menor desgaste político possível. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Hoje, às portas da renovação, simplesmente a população encontra-se refém da Sabesp. Certamente com o aval da Câmara, sem alternativa, vai ter que continuar a pagar tarifas superiores, em média 50% a mais, em relação, como exemplo, às de Garça e de Penápolis, que têm sido modelo no setor. Além disso, como está, a população vai ter que arcar com as conseqüências de um processo que, até agora, se mostrou favorável, de forma desproporcional, à Sabesp, sem nenhum ganho concreto para o interesse da cidade.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><b>EDITORIAL - Jornal da Cidade - 17/08/2009</b></span></span></div></span>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-60844587733838539402009-08-14T12:57:00.000-07:002009-08-14T18:46:11.689-07:00Ainda sobre política e futebol<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;">Quem disse que política e futebol formam uma mistura explosiva tem razão. As últimas desavenças na cidade comprovam a tese. A propósito, o “pequeno” incidente ocorrido na última sessão de vereadores e a carta aberta sobre saneamento básico do “capitão” da equipe que certos filósofos dizem parecer o Íbis Sport Club, fizeram alguns cartolas repensar as estratégias para o campeonato de 2012. </span></div><span style="font-family:times new roman;"><div align="justify"><br />Com os novos desacordos, agora os dirigentes do (quase ex-) Time dos Sonhos fazem de tudo para impedir que a equipe repita a desastrada história do Cosmos de Nova York. Explico.<br />Na década de 70, apesar de ter os melhores jogadores do mundo, inclusive Pelé, o time norte-americano nunca ganhou nada importante. Sua curta existência se resumiu a alguns títulos no fraco campeonato ianque e a jogos “exibição”. </div><div align="justify"><br />Mas ainda é cedo para afirmar que o campeonato de 2012 vai ser decidido entre o Íbis Sport Clube e o Cosmos de Nova York (também conhecido como Time dos Sonhos). Isso porque pintou novidades. Mais duas equipes vêm sendo formadas, e elas podem complicar a vida dos atuais favoritos ao título. </div><div align="justify"><br />No comando de uma dessas equipes está uma ex-secretária que virou ícone do elenco de futebol feminino que ela dirigiu por mais de três anos. Ainda hoje, “muitas” atletas (que também são educadoras) pedem sua volta ao cargo que ocupou até abril de 2008. E, sendo “Verde” a cor desse time, a agremiação foi batizada de Palestra da Alta Paulista. Dito isso, vamos à quarta equipe. </div><div align="justify"><br />Gilmar, Oreco, Valmir, Jaime e Sidnei; Ari Clemente, Miranda e Abib; Joaquinzinho, Da Silva e Neves. Essa formação do Corinthians ficou conhecida no ínicio da década de 60 pelo apelido de “Faz-me rir”. A equipe era tão ruim que, depois de apanhar de 7 x 0 da Portuguesa, o legendário goleiro Gilmar deixou o Parque São Jorge em seu DKW (espécie de Fiat 147 da época, ops!) e foi para o Santos. </div><div align="justify"><br />Recordo esse capítulo da história do Timão para dizer que em homenagem ao elenco alvinegro do início dos anos de 60, a quarta equipe que está sendo treinada para 2012 vai se chamar “Faz-me rir”. Esse time será formado pelos partidos nanicos e terá como estrelas alguns “jogadores” que não raro aparecem em fotos nos jornais agarrados ao pescoço de honestíssimos políticos, como se tais personagens fossem a taça Jules Rimet. Aliás, um de seus principais jogadores recentemente posou feliz da vida abraçado a Paulo Maluf, como se o rei das contas na Suíça fosse um troféu. </div><div align="justify"><br />Depois dessa proeza, o craque tem tudo para ser aclamado capitão da equipe do “Faz-me rir” em 2012. Essa vantagem que a foto com o ex-hóspede da Polícia Federal dá ao craque do “Faz-me rir” só poderá ser anulada se alguma outra celebridade do gênero, como Celso Pitta ou Renan Calheiros, aparecer por aqui e um outro jogador do “Faz-me rir” resolver abraçá-lo diante das lentes dos cronistas sociais da cidade. </div><div align="justify"><br />Enfim, caro leitor, agora que você sabe que o campeonato de 2012 será disputado por Íbis, Cosmos (ex-Time dos Sonhos), Palestra da Alta Paulista e Faz-me rir, o resto é com você. Quanto a mim, já que as coisas andam de mal a pior para quem escreve crônica em Adamantina, mais uma vez encerro um texto sem saber</span> se vai ter outro na semana que vem. Fui. </div>Londrinahttp://www.blogger.com/profile/04638541112146398829noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-1892653015505451232009-08-07T08:05:00.000-07:002009-08-07T08:07:21.236-07:00Onde estavam os vereadores de Adamantina?<p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:32.6pt"><span style="line-height:115%; Times New Roman","serif""><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">No último sábado, vereadores de várias cidades se reuniram em Dracena para discutir problemas da região. O encontro propôs formar uma associação na Nova Alta Paulista, com o objetivo de favorecer a discussão dos assuntos regionais com o legislativo estadual e implementar medidas que visem o progresso dos respectivos municípios.</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:32.6pt"><span style="line-height:115%; Times New Roman","serif""><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Estiveram presentes vereadores e 11 presidentes de câmaras municipais. Osvaldo Cruz, Lucélia, Tupã, Mariápolis, Pacaembu e outros municípios vizinhos se fizeram representar. Na ocasião foram debatidas questões como o impacto das penitenciárias e a importância da nova entidade. É uma reunião que mostra maturidade. Mas onde estavam nossos vereadores?</span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:32.6pt"><span style="line-height:115%; Times New Roman","serif""><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Não se pode pensar em coordenação regional sem a participação de Adamantina. Uma cidade que se orgulha de ser polo educacional, referência na área cultural e de eventos, de ter um atrativo comércio e de contar com políticos bem relacionados com deputados não pode ficar alheia a tais acontecimentos. A rigor, deveria encabeçar os esforços para a sedimentação da nova instituição.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:32.6pt"><span style="line-height:115%; Times New Roman","serif""><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">É provável que nossos vereadores tenham tomado conhecimento da reunião, feita num final de semana para facilitar o comparecimento. Ou nossos edis não foram convidados para o evento? Se isso ocorreu, trata-se de uma demonstração de desprestígio do legislativo local. Caso o convite tenha sido feito, por que não se enviou um representante?</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:32.6pt"><span style="line-height:115%; Times New Roman","serif""><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Raros são os momentos em que os políticos da região deixam as diferenças de lado e decidem trabalhar em conjunto. A própria associação de prefeitos, a AMNAP, tenta sair dos anos de apatia. Adamantina perde a oportunidade de se colocar à frente das discussões regionais e de se lançar como força representativa. Numa época em que os grandes líderes mundiais trabalham de forma coordenada e buscam tomar decisões em conjunto, nossa cidade falta a um encontro de agregação de forças. É uma pena!</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:32.6pt"><span style="line-height:115%; Times New Roman","serif""><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">A ausência de nossos representantes nos faz acreditar que ou há apatia ou há supervalorização de Adamantina nos assuntos regionais. Depois da perda de verbas, de instituições e de benefícios para outras cidades da região, sobram as costumeiras justificativas, mas elas não resolvem. O que precisa de fato é uma atuação forte e voluntariosa de nossos políticos para impedir que perdas maiores ainda venham a ocorrer. Que se comece pelo envolvimento dos vereadores nos fóruns regionais, nos quais não só mostrem espírito de luta, como também disposição para liderar todo e qualquer esforço em favor da região.</span></span><o:p></o:p></span></p>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-79963985746164615792009-08-07T06:58:00.000-07:002009-08-07T08:12:04.331-07:00A mágoa em cidade pequena<div align="justify"><br /></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">Desde menino o senhor Ressentido mora na mesma cidade. Em 1982, ele e Pedro tiveram um atrito; hoje quando ele cruza com Pedro, finge que não vê. Em 1984, João apoiou um mau político adversário de Ressentido só para tirar vantagem; desde então, Ressentido o despreza. Em 1987, Ressentido ouviu dizer que Tião falou mal dele; como já tinha havido um boato desses em 1979, ainda hoje Ressentido não entra onde Tião esteja. Em 1991, Paulo fez pouco-caso de Ressentido, que a partir daí não quer vê-lo nem pintado de ouro...</span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><br />Essas mágoas, mais as da infância, as da vida de moço e uma infinidade de outras foram se acumulando até fazer de Ressentido um amante do quarto escuro, do telefone mudo e do muro alto.</span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><br />O fato é que, numa pequena cidade, onde as mesmas pessoas frequentam os mesmos espaços a vida inteira, o ressentimento é mais presente e incômodo. Quanto menor o lugar, mais mágoa. A pequena comunidade em que a amizade une a todos num laço comum de bem-querer até existe, mas na imaginação de quem vem da capital passear.</span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><br />Está certo, a mágoa é uma defesa natural como qualquer outro instinto, mas não deixa de ser de boa estratégia relevar certas coisas e conviver com todos, mesmo que se tenha maior aproximação só com alguns poucos escolhidos. Falo aqui de conveniência, não de perdão, palavra que apenas designa uma nobre intenção. Calar a mágoa talvez seja algo para uma espécie bem superior à nossa.</span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><br />Se o rancor diminui é porque a pessoa que magoou perdeu a importância para o magoado, não porque ele decidiu perdoá-la. Quem tem poder sobre os próprios sentimentos? “Engana-se aquele que acredita que os grandes personagens possam esquecer as velhas injúrias em virtude de novas vantagens”, disse Maquiavel. É verdade, mas ele se enganou em restringir-se aos grandes personagens. Por acaso, os “pequenos” personagens pertenceriam à mesma espécie dos ursinhos de pelúcia?</span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"><br />No sentido que dissemos, perdão, esquecimento e descaso são sinônimos e nenhuma dessas palavras tem relação com bondade ou maldade. A pessoa que convive apesar da mágoa é aquela que entende que a mágoa não precisa impedir o relacionamento com alguém; até porque ela também precisa da tolerância dos outros. Não é boazinha, mas apenas uma pessoa prática, que gosta de si mesma e de ver as coisas andarem. E, convenhamos, a tolerância não só é um esforço em favor do bem comum como também uma demonstração de civilidade.</span></div>Mauro Cardinhttp://www.blogger.com/profile/14795729414953911254noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5277834692928938876.post-64805383572171096342009-08-02T12:07:00.000-07:002009-08-04T14:34:39.291-07:00Medida necessária?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_TmyQcQVDpHU/SnipSYizkbI/AAAAAAAAAHQ/URBhAmDgBao/s1600-h/gripe_suina_01.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 180px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_TmyQcQVDpHU/SnipSYizkbI/AAAAAAAAAHQ/URBhAmDgBao/s320/gripe_suina_01.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366225089303122354" /></a><div align="justify"><span style="font-family:georgia;">A formação do historiador levanta a cautela no posicionamento em fatos recentes. Condicionado pelas circunstâncias a análise racional pode ficar comprometida, o que equivale deixar-se levar pela paixão. No entanto, cabe ao articulista pensar o presente e não se esquivar dos assuntos importantes para a comunidade. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span><span style="font-family:georgia;"><br />Semana passada ganhou destaque em Adamantina a suspensão das atividades escolares em decorrência da possível contaminação dos alunos pelo vírus H1N1, conhecido como gripe suína. Afirmo “possível contaminação”, pois não foi registrado nenhum caso da doença na cidade.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><br />Algumas escolas, por determinação da Secretaria da Educação do Estado, prorrogaram o início das atividades. Mas as medidas referentes às escolas municipais, colégios particulares e a FAI foram tomadas pelas autoridades locais. O cancelamento das aulas pode ser precipitada, pois criou-se na cidade uma sensação alarmista, mesmo sem motivo aparente.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><br />Não se fundamenta a justificativa das autoridades e da direção da faculdade quando afirmam que os alunos, moradores de outras cidades e estados, podem trazer o vírus ao município. Daqui duas semanas a chance de contágio não será a mesma ou até maior? Os estudantes que ficaram em suas cidades continuarão correndo o risco de contaminação. A medida teria eficácia preventiva se nossa região contasse com inúmeros casos. Não é o que ocorre.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><br />Seguindo a recomendação da Secretaria Municipal de Saúde, as escolas particulares também cancelaram suas atividades. A sensação de alerta tomou conta da cidade. Apesar de nenhum caso registrado, quase não se encontra o remédio destinado ao tratamento da gripe nas farmácias, mesmo o produto tendo alto custo. Muitos correram em busca do álcool em gel e mães preocupadas não querem mais que seus filhos se reúnam com outras crianças. Nas conversas informais o tom é de apreensão.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><br />A mídia e as autoridades federais reforçam que a gripe suína não representa grande risco a população. Lavar as mãos com frequência e não colocá-las nos olhos, boca ou nariz já são suficientes no atual estágio. Em recente entrevista, o ministro da Saúde José Gomes Temporão afirmou que 99,6% das pessoas que contraem o vírus não serão afetadas, pois as defesas naturais do corpo se encarregam de combatê-lo.</span><br /></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;">O cancelamento das aulas em áreas de alto risco é uma medida de impacto positivo, caso que não se enquadra Adamantina. Não há motivo para tal medida. Campanhas nas escolas e na mídia local teriam maior efeito. Nossas autoridades precisam pensar a cidade em sua realidade e tomar posições condizentes com os fatos. A suspensão das aulas e a discussão sobre o toque de recolher mostram que há uma disposição aos modismos e a fraca análise da conjuntura local. Não é isso que se espera daqueles que tem o destino da cidade em suas mãos.</span></div>Bruno Pinto Soareshttp://www.blogger.com/profile/08507517392533533621noreply@blogger.com2