domingo, 18 de janeiro de 2009

“A democracia deve começar, antes de tudo, no partido”, afirmou Israel


O convidado de sábado passado, 17 de janeiro, do programa Cultura Livre foi Israel Pereira Coutinho. O policial civil que ficou conhecido por algumas proezas no exercício de sua profissão e se tornou lenda na cidade, nas últimas eleições se candidatou a vereador e conseguiu se eleger como o segundo mais votado, somando um total de 1.258 votos em Adamantina.
O primeiro bloco do programa foi mais focado na profissão de policial civil, que o entrevistado exerce há 20 anos como investigador. Israel relatou que seguiu a carreia por ter alguns familiares na polícia ou nas forças armadas, inclusive seu pai, que foi policial militar. Somado a isso, desde criança teve contato visual com armas e fardas, por isso houve a tendência de seguir carreira nesta área. 
No decorrer do bloco, Israel esclareceu dúvidas sobre algumas histórias de sua atuação como investigador que se tornaram “lendas” em Adamantina e que lhe deram a fama de policial eficiente. Tal qualidade pode ser comprovada pelo cargo que ocupa de investigador chefe da Delegacia Seccional de Polícia e pela aprovação nos cursos do GARRA da Polícia Civil de São Paulo, do TIGRE (Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil do Paraná) e, principalmente, da SWAT (Polícia Especial de Miami). Este último foi realizado em São Paulo por uma equipe que veio dos Estados Unidos e apenas 25 policiais de todo o Brasil concluíram o curso.
Israel também teve espaço para esclarecer um problema de saúde que passou no ano de 2006, quando estava prestando a fase final para o concurso de delegado. Apresentava um nível de stress muito elevado devido à importância da prova e este sintoma aumentou de maneira intensa com o início das ameaças e atentados comandados pelo PCC contra a polícia de São Paulo. O resultado foi uma pneumonia grave que deixou o policial por 18 dias em coma induzido.
No segundo bloco a tônica da entrevista foi política local. Israel se elegeu como vereador ao se candidatar pela primeira vez. Explicou que a idéia de ingressar na política surgiu de uma conversa com um amigo, que notou a popularidade do policial. A idéia se concretizou quando houve o convite do PSDB para sua filiação no partido. Para pleitear o cargo Israel se preparou realizando vários cursos de gestão pública e corporativa e lendo livros clássicos sobre o tema. Lembrou também que fez uma campana sem muitos recursos, trabalhando intensamente todos os dias. Dessa forma, afirmou que um candidato pode conseguir uma votação expressiva apenas com boas propostas.
Israel afirmou também que os dias dos “políticos assistencialistas” estão contados e que a população de Adamantina está mais seletiva nesse sentido. Quando indagado sobre e eleição para Presidente da Câmara afirmou que seu partido, apesar de ter maioria, não conseguiu vencer a eleição pois houve imposição de um nome. No seu entender algumas posições arbitrárias racharam o partido na votação. Segundo ele a democracia deve começar nas agremiações políticas, com as decisões sendo votadas e debatidas e não sendo ditadas por uma ou outra pessoa.
O entrevistado disse que suas metas como político estão direcionadas para os portadores de deficiência, as instituições filantrópicas da cidade, os direitos do consumidor, a saúde e o esporte. Israel está ciente que pode haver alguns obstáculos, conseqüentes da sua pouca experiência na política, mas que os cursos e os estudos que realiza aumentam sua capacidade. Afirmou: “Não dá pra fazer milagre, mas eu vou tentar.”

7 comentários:

Anônimo disse...

Nos anos 70 morei em Adamantina e conheci um menino inteligente que participou até das Olmpíadas de Matemática. Tinha como irmãs Sara e Salma. Seria o mesmo Israel?

Bruno Pinto Soares disse...

Olá,

Provavelmente é o mesmo Israel sim, pois ele tem uma irmã chamada Salma Rebeca.

Hoje está como vereador de Adamantina, sido o segundo mais votado. Fato que ganha maior projeção pois foi a primeira vez que concorreu a cargo público.

Espera-se muito dele.

Anônimo disse...

Boa Sorte e parabéns à ele.
Sinto saudades da velha jóia da alta paulista.

Bruno Pinto Soares disse...

Você poderia se identificar. Dessa forma repassaria a informação para ele.

Obrigado por passar no Blog. Como ficou sabendo de sua existência?

Anônimo disse...

Nossa! lembro-me dele criança, como eu claro, e de outras da escola Navarro de Andrade. Tinha eu meus... se não me falha a memória... 11 0u 12 anos.Meu nome é Léa Prado,atualmente moro na cidade de Jaú. Trabalho com artes plásticas e jornalismo.
Achei o blog no google procurando sobre a cidade de Adamantina, coisas de outrora. Como morei pouco tempo aí sempre fica uma parte da infância. Coisas da idade... É o tempo passa... Obrigada

Anônimo disse...

PENA USAREM DE TAMANHA ESTRUTURA PARA FINS TÃO PATÉTICOS! A RÁDIO CULTURA SEMPRE TEVE UMA PROPOSTA DE EDUCAR, REALMENTE É UM APENA PROGRAMAS TÃO MAL ESTRUTURADOS IREM AO AR!

Bruno Pinto Soares disse...

Usar a estrutura da Rádio Cultura para entrevistar um vereador eleito, com a segunda maior votação da cidade, sendo que foi a primeira vez que o mesmo pleiteou cargo público é "fim patético"?

Há algo maior nesse comentário do que uma simples crítica ao Cultura Livre. Será daqueles que perderam espaço no atual conjuntura política?