terça-feira, 31 de março de 2009

O embate entre o velho, o novo e o “outro” jornalismo

Ao contrário do que insiste em apresentar os números do IBOPE, um programa tem preocupado as emissoras líderes do horário nobre. Consolidado o sucesso, muitos agora se perguntam: o “CQC”, apresentado pela Rede Bandeirantes de Televisão, pode ser classificado como um programa jornalístico?

Debates sobre esta definição têm surgido nos centros acadêmicos e nos botequins de esquina. E velhos tabus do velho e do novo jornalismo estão vindo à tona. O líder do programa no Brasil é Marcelo Taz, conhecido jornalista. Este seria um argumento pequeno a favor da legitimação jornalística do programa, se Taz não fosse lembrado com pavor pelos políticos brasileiros.

O jornalista é criador do lendário Ernesto Varella, um repórter fictício que deixava políticos desconcertados com perguntas irônicas durante a abertura política, disponível com facilidade no Youtube para quem nunca viu a célebre entrevista com Paulo Maluf.

Taz é um dos precursores no Brasil do chamado “Jornalismo Moleque” que busca incorporar à informação ironia e humor inteligente. Com Varella, Taz não quis dizer que o jornalismo devia ser feito como brincadeira, mas que com brincadeiras é possível incomodar mais corruptos do que os jornalistas “sérios” atrás das bancadas. Varela tinha cara de ignóbil, jeito desengonçado e era detestado por suas perguntas incômodas. Perguntas, aliás, que nenhum outro repórter tinha coragem de fazer.

Dos outros seis apresentadores, somente um não é formado em comunicação. São quase todos os jornalistas de profissão, com passagens por revistas como Veja e Trip, Estado de S. Paulo e por aí vai. O único que não tem formação acadêmica na área de comunicação é Oscar Filho, escalado para a cobertura de festas e eventos. E com esta constatação me surge uma dúvida cruel: Amaury Jr. é jornalista formado?

Alguém ainda pode usar do argumento que humor não se mistura com jornalismo. Concordo que jornalismo tem que ser sério. Mas ninguém, nenhum teórico importante jamais disse que jornalismo ter que ser chato. Seriedade não significa necessariamente solenidade. “Sério” aqui tem uma outra colocação que não o antônimo de “Alegre”, por exemplo. Jornalismo “sério” significa o compromisso com a sociedade e a consciência do valor da informação para a população. “Sério” é o quadro em que um dos jornalistas do programa vai à Brasília com o “Teste de Qualidade” e constata que raros deputados sabem o significado das siglas ANAC ou FMI.

Jorge Pedro Souza já que dizia que não há “jornalismo”, há “jornalismos”. Nesta afirmação ainda é possível incluir mais gêneros marginais do fazer jornalístico, como o “Jornalismo Literário” ou o “Jornalismo de Web”, estes ainda inexplicavelmente detestados por alguns dinossauros da imprensa. O CQC é dirigido a um público que não assiste mais os jornais da noite.

Por fim nunca é tarde lembrar que o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros é claro quanto ao dever do jornalista: “É dever do jornalista opor-se ao arbitrário, ao autoritarismo, e à opressão (..); Combater e denunciar todas as formas de corrupção (..)”. Quem já pode acompanhar os quadros “Proteste Já” ou a cobertura ácida do programa em eventos políticos sabe que estes incisos do código traduzem perfeitamente a natureza do programa.

Mesmo que os autores porventura não se identifiquem como tal, quase é impossível dizer que o CQC não é jornalístico. Quase ia me esquecendo: o significado da sigla “CQC” é o lema do programa: “Custe o Que Custar”. Existe mais jornalismo do que isso?

sexta-feira, 27 de março de 2009

Encenações da vida real

A vida é um teatro. O mundo é o palco e nós somos atores e atrizes tentando não esquecer as falas do script que o diretor nos entregou. Mas quem é o diretor? Oras, é a sociedade. O diretor quer saber se tudo está sendo encenado como manda o texto. Afinal, se um dos intérpretes falha na sua atuação será cobrado imediatamente. “Olha lá” dirão todos, “o cara esqueceu a própria fala, é um grande mané”. Se a sua atuação for ruim, poderá inclusive perder o papel. Ficará na coxia, esperando que um dia alguém o resgate e ele possa voltar a encenar a própria história.

Em Adamantina, o nosso dia a dia, enquanto personagens desse espetáculo, acontece, no geral, da seguinte forma:
Primeiro Ato. O Ano Novo. Nos vestimos de branco e nos abraçamos, desejando paz e prosperidade, bebemos champanhe e comemos lentilha, vamos dormir e esperamos o Carnaval chegar. Frequentamos Panorama ou Lucélia. Depois da farra o diretor indica que devemos passar da comédia para o drama e nos resguardar dos pecados “desse palco”. Ficamos quarenta dias nessa situação até chegar o dia da Santa Cruz e do coelho, quando nos empanturramos de peixe e de chocolate.

Segundo Ato. Outono. O dia a dia de um misto de calor e frio toma conta do palco. Encenamos o trivial. Durante a semana muito trabalho. Nos finais de semana o esperado churrasco com os amigos, almoço com a família, restaurantes, pizzarias, bares e cafés com os mesmos atores sentados nas mesmas mesas. Ainda neste ato dedicamos homenagens às mães e aos atores trabalhadores. O maior número de casamentos entre os atores ocorre neste ato.

Terceiro Ato. Fogos de Artifício. Saudamos três atores famosos e santos com muito rojão. Comemos doces caseiros e enfeitamos as ruas para que o Mestre dos atores passe entre eles. O inverno toma conta do palco e os bois pulam na arena. As pessoas se vestem para o frio “não tão frio” e esperam que ele apareça enquanto aguardam o show do artista que pula com os bois. Adamantina faz aniversário. Ouvimos mais rojões. Uma inauguração daqui e outra dali. Montamos um palanque sobre o palco e encenamos encenações. Mais rojões.

Quarto Ato. Cachorro Louco. Neste ato os atores não costumam se casar. Quem possui um “melhor amigo do ator” costuma levar seu xodó para vacinar. Este é um momento tedioso para o palco. Estagnados, sem muita vontade de encenar, voltamos a repetir cenas do Segundo Ato: “Durante a semana muito trabalho. Nos finais de semana o esperado churrasco com os amigos, almoço com a família, restaurantes, pizzarias, bares e cafés com os mesmos atores sentados nas mesmas mesas”.

Quinto Ato. Viva a Melancia. Este é um ato interessante. Alguns dos atores não sabem como e nem por que, mas todos festejam duas datas, a “Independência do Palco” e a “República do Palco”, duas grandes encenações de “revoltas sem sangue”, a primeira de certo imperador nas margens de um riacho e a segunda de certo marechal em uma praça. Em Adamantina saudamos a primavera e todos festejam o verde. Os atores que já foram para outro palco, angelical ou infernal, são lembrados com flores, velas e melancias.

Sexto e último Ato. Festa no Palco. Com um calor infernal o palco troca o figurino e o cenário. Roupas mais leves, muita piscina e planos para receber amigos e parentes de outros palcos para um “final de encenação”. A noite do palco fica iluminada. Caminhamos pelas ruas e todos os atores gastam suas economias. Curiosamente o palco festeja o nascimento do Mestre com adereços de outros povos. Os atores comem e bebem exageradamente. Uma semana depois, as luzes dos refletores vão diminuindo. Fecham-se as cortinas. Nenhum aplauso. Abrem-se as cortinas... Primeiro Ato. O Ano Novo.

Texto escritor por Cacá Haddad

domingo, 22 de março de 2009

Poder público e vida privada

O escritor britânico George Orwell já havia vaticinado sobre a constante vigilância na qual os cidadãos estariam imersos num futuro próximo. Vigiados todo o tempo, nem mesmo o simples e corriqueiro pensamento passaria despercebido dos instrumentos do Estado que, para zelar pela ordem e pela manutenção do poder, fiscalizariam e puniriam o mínimo descuido dos desavisados.

O homem público, seja ele o presidente, governador, juiz ou prefeito, sofre da observância constante de seus comandados. Estes, ansiosos por exemplos ou deslizes, buscam em cada ação ou palavra uma maneira de destrinchar sua personalidade, de despi-lo da aura que o posto o confere. Há muito tempo os cargos máximos deixaram de representar a escolha divina, mas ainda mantêm, pela tradição ou ignorância, o simbolismo da hierarquia.

Relegando a conduta primitiva apenas aos livros de História, os seres humanos deixaram de escolher seus representantes pela força ou virilidade. Escolhe-se o líder pelas virtudes administrativas, pelo zelo ao erário, pelos projetos a serem empregados e outros requisitos essenciais às democracias modernas.

Na tradição administrativo-latina, não se elenca entre as prioridades requeridas aos postulantes de cargos públicos sua vida pessoal. Problemas familiares ou conjugais não o gabaritam a ser melhor ou pior na administração de um governo. A vigilância puritana, típica de um país anglo-saxão, de mentalidade conservadora, trata as infidelidades ou condutas “moralmente adversas”, como assuntos de Estado.

Condutas ilibadas no âmbito pessoal não gabaritam um homem público. Temos como exemplo o antigo chanceler do Reich alemão, Adolf Hitler. Homem de vida privada íntegra, amante dos animais, antitabagista, vegetariano, admirador das artes. Foi responsável pela morte de 6 milhões de judeus entre outras atrocidades cometidas em seus 12 anos no poder. Podemos lembrar também a rainha do império inglês, Elisabeth I, conhecida como “a virgem”. Governou seus súditos com mão de ferro, manteve uma dura perseguição religiosa e incentivou indiscriminadamente a pirataria em seu reinado.

Há inúmeros casos na história brasileira que confirmam a péssima relação em vincular a vida privada à esfera pública. Basta lembrar o jogo sujo elaborado por Fernando Collor nas eleições de 1989, na qual usou a ex-namorada do então candidato Lula para acusá-lo de uma suposta tentativa de aborto, caso comprovadamente falso. Para os que possuem memória curta, há também a pergunta capciosa de Marta Suplicy sobre a vida pessoal de Gilberto Kassab, insinuando uma possível tendência homossexual do atual prefeito de São Paulo. Fatos deploráveis que, no mínimo, demonstram a péssima cultura política que impera no país.

O debate sobre a questão permeia a mídia por todo o mundo. Os limites entre vida privada e exposição, como assunto de interesse público, deve estar bem definido. Não há dúvidas de que ocupantes de cargos públicos estão sujeitos a questionamentos. Afinal são eles que administram o nosso dinheiro e criam leis que regem nossas vidas. Por isso deve haver prudência e bom senso. Entretanto, defendo a idéia de que análises sobre políticos e governos devem passar à margem dos problemas de foro pessoal, que, como se sabe, só dizem respeito aos envolvidos.

quinta-feira, 19 de março de 2009

As drogas e as classes sociais

Muito se noticiou sobre o aumento do consumo de drogas em nossa cidade. Este jornal estampou em 16 de janeiro a manchete “Estão matando nossos filhos”, cuja matéria versava sobre o consumo de crack em Adamantina. Sentimentalismo à parte, é importante que as autoridades e a sociedade estejam cientes do que ocorre por aqui.

Vinculam-se muitas matérias sobre apreensão de drogas na periferia da cidade e estampam-se fotos de infratores algemados, tatuados, com semblante de indivíduo desprovido de recursos econômicos e sociais. Cristaliza-se o velho estereótipo do marginal e passa-se a falsa impressão de que tudo caminha para a normalidade, com o Estado punindo os transgressores e os cidadãos “de bem” podendo viver a tranquilidade interiorana.


Faço aqui uma pergunta: qual é o papel dos universitários e das famílias de classe média no aumento desse consumo? As autoridades e as famílias sabem o que ocorre em algumas repúblicas e festas de Adamantina? Não há aqui uma generalização, mas até que ponto as drogas ilícitas são utilizadas por alunos da faculdade? Há batidas em festas de repúblicas? Ou apenas os jovens de baixa renda são alvos de frequente vigilância?


Se o tráfico na cidade cresceu, certamente é porque há consumidores. Acreditar que jovens de baixa renda consomem drogas é no mínimo imaturidade ideológica. Maconha, ecstasy, cocaína, todas essas drogas estão presentes nas noitadas da cidade, as quais, em função do alto custo de certos entorpecentes, frequentam universitários e filhos de abastadas famílias.

É o momento de se criar uma política preventiva na FAI para a temática, como já ocorre em algumas faculdades públicas do país. Palestras e conscientização são salutares, mas deve haver campanhas permanentes, com núcleos especializados. Institucionalizar a prevenção e o debate despertará maior interesse social e dará maior credibilidade ao projeto.

Deve-se cobrar também uma política mais incisiva das forças repressoras em relação ao comércio e ao consumo de drogas na classe média e entre os estudantes da cidade. Como já dissemos, o problema das drogas não ocorre apenas nos bairros de Adamantina, está também no centro, nas festas dos filhos das famílias “de bem”. Não deve ocorrer a relativização repressiva. Ou se tolera esse fato na cidade, ou se adota uma postura igualitária no combate aos entorpecentes entre nós, sem distinção de classe social ou de sobrenome.

Qual mulher relaxa com detergentes

Como se já não bastasse carregar pela eternidade a culpa de ter nos condenado a viver fora do paraíso por ter coagido Adão a comer uma maçã. Como se fosse fácil receber inexplicavelmente salários menores do que os homens, em um sistema social que a trata como objeto – em alguns momentos elas mesmas acreditam que são objetos. As mulheres que conheço não concordaram em nada com: “A Máquina de lavar e as mulheres – ponha detergente, feche a tampa e relaxe”.
Pra quem não viu, o título acima pertence a um artigo publicado por – pasmem – uma mulher em um jornal religioso. Nele a autora defende que a pílula anticoncepcional, o direito ao aborto e o direito de trabalhar fora de casa fizeram menos pela liberação da mulher do que a revolucionária e barulhenta máquina de lavar. E mais: a justificativa é nauseante: “a mulher pode agora tomar um capuccino com as amigas enquanto a roupa é batida”.
Até o leitor mais desatento percebe um tom de auto-preconcento nas entrelinhas. A maior alegria de uma mulher seria, além de suavizar suas tarefas de dona de casa, o glorioso momento em que todas as amigas se reuniriam para tratar de banalidades. Este sentimento de quase auto-flagelação infelizmente ainda é encontrado no mesmo ano em que uma das principais obras sobre a condição da mulher, “O Segundo Sexo”, da francesa Simone de Beauvoir, completa sessenta anos. Neste livro, polêmico para a época, a autora queria demonstrar que a própria noção de feminilidade era uma ficção inventada pelos homens no qual as mulheres, no fim, consentiam. Triste que este retrato permanece atual. Insiste ainda o ridículo pensamento que mulher é um ser mais frágil, inferior, o sexo segundo, que deve somente cuidar da casa e dos filhos.
Talvez a autora do artigo precisasse ler o livro de Beauvoir. Não só ela, mas todas as mulheres. Quem sabe assim é possível entender que antes da maquina de lavar e de qualquer eletrodoméstico, mais importante para a luta pela liberdade feminina foi o ato daquelas mulheres em 1857. Elas exigiam apenas a redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas diárias e salário igual ao dos funcionários do sexo masculino (as mulheres ganhavam até um terço do salário de um homem) e foram trancadas dentro da fábrica de tecidos que trabalhavam em Nova Iorque. A polícia ateou fogo no prédio e 130 mulheres aproximadamente morreram carbonizadas. Este dia foi oito de março. Mesma data da publicação do artigo que exalta a invenção do eletrodoméstico.
Frente a esta tragédia, o artigo publicado pela igreja soa como absurdo. As mulheres hoje não são as mesmas mulheres que não podiam responder às ordens arbitrárias de seus maridos há cinqüenta anos atrás. Pra quem ainda não sabe a mulher já pode pensar e fazer valer o direito de ser feliz, de ser independente e, sim, de ter uma vida sexual prazerosa. Por mais que denominações religiosas as condenem, como condenaram Beauvoir, as mulheres das fábricas e tantas outras anônimas do nosso cotidiano que sustentam pela garra sua família e sua prole. Nenhum eletrodoméstico é menor do que qualquer direito adquirido pela mulher. Seja o direito de trabalhar ou o direito de sorrir.
Por isso, meu caro, você que é marido, namorado, filho, amante, jamais dê de presente para sua amada um jogo de panelas no aniversário, um fogão no dia dos namorados ou uma cortina para sala no aniversário de casamento. Um buquê de flores faria bem melhor.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Os pretendentes

Apesar da crise econômica ter se consumado, com preocupantes desdobramentos na área econômica, Adamantina se mantêm imune a tal acontecimento, pelo menos no que tange a um de seus imóveis. 
Este local, com ótima vista para a cidade, bem localizado, com direito a estacionamento privado, imobiliário nobre e bela mesa de reuniões, já foi ocupado por figuras que marcaram época em nossa cidade. É certo, porém, que nem todos os seus inquilinos deixaram saudade. Sabe-se que esse lugar desperta sentimentos diversos, basta observar os que já o ocuparam e custam em esquecê-lo. Rondam o local com um misto de saudosismo e amargura. O local pode até ser sagrado, mas muitos fantasmas o assombram. 
De qualquer maneira, o atual ocupante desse belo imóvel deve estar preocupado. Mal começou seu novo “contrato”, de renovados quatro anos, e muita gente já se coloca como pretendente a ocupá-lo em 2013. Alguns claramente, outros, de forma dissimulada, deixam pistas de que nutrem a vontade de ocupar o posto que tal sala confere a seu nobre inquilino. Com menos pudor, em conversas informais e entrevistas, alguns justificam sua pretensão em ocupar o local, usando o argumento de que sua hora chegou. Apressados, sentem a necessidade de serem indicados. Outros, como mártires, dizem que se caso precisarem, carregarão a difícil missão de se instalar em tal lugar, haja vista que tal benefício é precedido de alguns deveres. Dizem que são profissionais e capacitados para exercerem as funções que o posto exige.
Há ainda quem aposta no silêncio, mas cujos olhos brilham quando passam pelo cruzamento da Rio Branco com a Osvaldo Cruz. Fazem de tudo para serem lembrados, esforçando-se ao máximo para saírem nos jornais com largo sorriso e fulgurante pose de otimista. Propagandear as “maravilhas” da pasta que administram, mesmo que decorrentes de meros repasses oficiais, é uma forma de ficarem em evidência, apesar de pouco fazerem de efetivo no lugar que agora ocupam.
A concorrência é grande. Filiações pouco criteriosas e em larga escala, empenho em ficar em evidência, controlar algum partido ou mesmo mostrar afinidade com alguém do alto escalão estadual ou federal. Eis o ritual exigido para ocupar tal imóvel. Com o tempo alguns desistirão de tal pleito e outros se encantarão com os benefícios do local e se tornarão novos pretendentes. Ou não tão novos assim. Enquanto isso, nós, expectadores, assistimos a um grande Big Brother municipal. Seu premio não é um milhão de reais, mas também não menos interessante. A necessidade de ocupar o imóvel é maior que o comedimento de muitos, talvez porque, como disse Carlos Lacerda, o poder embriaga como o vinho. É verdade, mas muitos ainda acordarão de ressaca.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Blog de Dom Orvandil: HUMANIZAÇÃO DA CIDADE (III)

DOM ORVANDIL:
PARABÉNS PELO ARTIGO EM PAUTA, AINDA, ENTENDO QUE, NESTE NOVO TEMPO QUE SE CHAMA HOJE, FAZ-SE NECESSÁRIO ESTAR EM CONEXÃO COM O DEBATE DA HUMANIZAÇÃO DA CIDADE EM TEMPO DE PÓS-GLOBALIZAÇÃO MIDIÁTICA...

Blog de Dom Orvandil: HUMANIZAÇÃO DA CIDADE (III)