domingo, 1 de fevereiro de 2009

“O PT foi passado para trás, o PT levou toco” afirma a vereadora Cleusa


Em um programa especialmente apresentado por Bruno Soares, o Cultura Livre entrevistou nesse sábado, 31/01, a vereadora reeleita do PT, Cleusa da Pastoral. A convidada, que está na Pastoral da Saúde desde 2000, filiou-se ao PT (Partido dos Trabalhadores) em 2001 e se elegeu na primeira disputa a vereança em 2002 com 680 votos. Seus principais projetos foram “Uma criança e uma árvore”, que estabelece o plantio de uma árvore para cada criança nascida em Adamantina, e “Fila do banco”, que determina apenas 15 minutos de espera para o munícipe ser atendido.

Como de costume ao entrevistar políticos da cidade, Cleusa explicou quais os motivos para ter ingressado na política adamantinense. Relatou nunca ter gostado do assunto, mas percebeu que com o trabalho social na Pastoral,de certa forma, já estava realizando esta atividade e que, como vereadora, poderia ajudar ainda mais a população. Para isto, filiou-se ao PT por causa de amigos que pertenciam ao partido e também devido à ação que essa agremiação política tem com a área social.

Quando questionada sobre sua atuação na política disse que não é perfeita e que pode se avaliar com nota 7. Acredita que evoluiu muito após 4 anos de mandato, porém tem auto-critica suficiente para saber que ainda precisa melhorar. Cleusa admitiu sua frustração na primeira experiência como vereadora por não ter conseguido aprovar o projeto da Lei do Silêncio, que regularia a atividade de carros de som, estabelecimentos noturnos, automóveis com rádios potentes e música alta em festas. O projeto perdurou desde o começo do seu mandato e não foi aprovado, segundo ela, devido à influência de pessoas que seriam prejudicadas caso a lei fosse aprovada.

Sem fugir de assuntos polêmicos, Cleusa comentou sobre o vereador e companheiro de partido Fabião. A entrevistada disse que existe algumas arestas e divergências de pensamento entre ambos e que esses problemas ainda não foram resolvidos. Relatou que mesmo estando no mesmo partido, ambos tomam posições independentes e não O votam em conjunto. Já sobre a possível influência política do Pe. Nelson no PT, disse que o considera como um conselheiro por sua inteligência e experiência, mas que ele não interfere diretamente nas suas decisões como vereadora.

O bate papo ficou mais acalorado quando foi abordado as negociações políticas sobre a sua possível candidatura como vice de Kiko Micheloni, fato ocorrido no ano passado. Nesse momento a vereadora afirmou que o PT foi passado para trás, pois o partido não procurou o grupo de Kiko para negociar essas questões. Segundo ela o convite partiu do próprio DEM e que após negociações resolveram fechar a questão, buscando a autorização do PT federal. Após isso, seu nome não foi aceito para ocupar a vaga de vice. Segundo Cleusa, isso ocorreu devido a um possível preconceito em torno de seu nome.

Nesse momento a vereadora relembrou a polêmica frase vinculada no Jornal da Cidade, na qual algumas pessoas teriam afirmado que ela era feia, gorda, pobre e petista, sendo assim não podendo ser candidata a vice. Cleusa afirmou que essa frase foi dita na câmara municipal e que no mesmo momento chegou a seu consentimento. Perguntada por Carolina Galdino sobre o que achava de tal afirmação deu sua opinião, na qual foi vinculada no jornal, o que gerou forte constrangimento a algumas pessoas. Mesmo assim, a vereadora afirma que o prefeito Kiko nunca teria dito essa frase, pois o conhece há anos e sabe de seu caráter. Mas não descartou a possibilidade de outras pessoas, ligadas ao governo, de terem feito tal afirmação.

Disse ainda que não se acha feia e que ser pobre não é opção. Ressaltou suas qualidades como mãe, esposa, voluntária e cidadã e criticou as pessoas que se apegam apenas a estereótipos e visões superficiais.

No final do programa, em um momento mais descontraído, comentou sobre seu visual chamativo e disse ser uma pessoa muito “colorida”. Lembrou que se sente muito feliz com a vida e que, mesmo desiludida com a política, trabalhará firme nos próximos quatros anos. Lembrou ainda os cidadãos de Adamantina que podem cobrá-la em relação a isso.

Um comentário:

Anônimo disse...

caracas a coisa pega eim, ainda bem que em dracena a adm vai ser de portas abertas e a câmara totalmente transparente e com total independencia rs. ( antigamente o mais espertinho queria uma parte , hoje com a globalização se quer tudo, tudo mesmo!)