sábado, 22 de agosto de 2009

Uma receita e um resumo

Depois de muito refletir sobre os incidentes envolvendo alguns políticos da cidade, cheguei à conclusão de que está na hora de lhes receitar um poderoso remédio: a milagrosa dieta do maracujá. Mas não pensem os leitores que estou de gozação com os queridos cidadãos, pois o que não desejo para mim não desejo para os outros.

No entanto, essa dieta milagrosa exige algum sacrifício. Feita a ressalva, vamos à receita: 1) O doente precisa acordar antes do sol nascer para, ainda em jejum, tomar o suco de sete maracujás sem açúcar e com as sementes trituradas. 2) No almoço deve comer sete pés de alface temperados com sete colheres de vinagre de maracujá. 3) No jantar repete-se o cardápio. Se tudo correr bem, na noite do sétimo dia de tratamento (que dura sete semanas) o doente pode comer sete colheres de mousse da mesma fruta e tomar uma colher de mel.

Agora com a consciência mais tranquila por essa dica para relaxar os nervos do pessoal que tem visto motivo para briga em tudo, vejamos os fatos que marcaram a semana. Na segunda, por falta de energia elétrica, a sessão dos vereadores, realizada em parte sob a luz de um romântico farolete, transcorreu na mais perfeita harmonia. O lirismo da histórica noite só não foi maior porque alguém, depois de arrolar fortíssimos argumentos, se autoproclamou “presidente” de certa bancada parlamentar. Comenta-se que tenha sido essa bombástica declaração que queimou o transformador da Caiuá, o que é mera especulação.

Mesmo sem o romantismo da sessão legislativa, dois outros fatos também são merecedores de registro: o depoimento de valorosos vereadores na delegacia de polícia sobre o famoso caso das telhas e a publicação, lado a lado, da réplica do “capitão” do Íbis e da tréplica do “presidente” do Cosmos, na polêmica discussão sobre o futuro de nosso saneamento básico. Pelo visto está aí mais uma queda de braço que não vai ter vencedor.

Enquanto isso, a popularidade da “presidente” do Palestra da Alta Paulista continua crescendo. Até abaixo-assinado pedindo sua volta à direção da equipe que liderou por mais de três anos vem sendo articulado por ex-comandadas. Quem não vem tendo a mesma sorte é o meiocampista do Íbis que já foi presidente da Câmara duas vezes. Apesar de ser muito habilidoso, no atual esquema tático da equipe o craque não tem vez. A bola continua sendo lançada da defesa para o ataque sem passar por ele.

Enfim, meus amigos, por esse resumo dá para notar que a semana não foi das piores e que encerro minha crônica sem falar do “Faz-me-rir”. É que o time dos partidos nanicos não gerou nenhuma novidade que mereça ser mencionada; aliás, o “Faz-me-rir” não vem acertando um lance, sai mal na foto (Ririri!...) e há muito tempo sequer consegue fazer a bola passar do meio de campo. Fui.

2 comentários:

Bruno Pinto Soares disse...

Caro Londrina,

Cada dia você se consolida como o maior cronista da vida política de Adamantina.
As metáforas sobre os clubes continuam excelentes e os comentários sobre a queima do transformador da Caiuá muito esclarecedoras! rs

Sobre os times, pena que nosso campeonato não é de pontos corridos e sim "mata-mata". Dessa maneira, muito azarão ainda pode levantar o caneco no final.

Pelo que sei, o técnico do Cosmos é igual o Muricy Ramalho. Esbraveja muito e tem muitos desafetos. Mas continua cobiçado pelo extenso currículo em campeonatos anteriores.

O do "faz-me-rir" deve ser o Joel Santana. Bom de papo, prancheta, análises, números, mas nada de relevante. Só um campeonato carioca, ou alguma presença no legislativo.

O do íbis, deve ser o Osvaldo Oliveira. Ganhou um título de importância (mundial de clubes com o Corinthans), mas dificilmente emplaca outra coisa por muitos anos. Foi beneficiado pelo momento.

O do Palestra é o Jair Picerni, aquele que foi vice na Libertadores, vice no Brasileirão, vice nas Olímpiadas, mas ninguém da valor a ele.

Será que estou correto?

Grande abraço

Mauro Cardin disse...

Legal isso de você usar imagens do futebol para passar as novidades da cidade. É de se imaginar o "craque" esperando o tempo todo no meio de campo e a bola ir e voltar da defesa para o ataque, sem passar por ele. Grande lance! (do articulista).
Abraços,
Mauro