Quem é que nunca reclamou das constantes quedas de energia em Adamantina. Como diz um leitor: “é só cachorro pensar em urinar no pé do poste que já cai a energia da cidade inteira”. O cidadão que paga corretamente por utilizar os serviços da Caiuá quer ser bem atendido. Imagine se você ficar sem pagar energia elétrica? A Empresa, após os trâmites burocráticos, com certeza, mandar-lhe-á um aviso de corte no fornecimento de energia elétrica.
Quem paga o prejuízo ao cidadão que teve perdas com a interrupção de energia elétrica? E quando há sobrecarga de energia, com queima de equipamentos eletrônicos, além de outros prejuízos? Se o cidadão não tem seguro residencial ou comercial, só será ressarcido no pólo judicial. A questão é sempre a mesma: nem mesmo chove, apenas um início de mudança de tempo já é suficiente para provocar interrupção no fornecimento de energia. Como exemplo, ontem, 07, por volta das 21 horas, houve uma queda abrupta, seguida de retorno da energia. Quantos não estavam trabalhando e foram surpreendidos com perda de textos ou coisa do gênero, além de outros prejuízos?
A Caiuá está em Adamantina desde final dos anos 40. Mas a impressão que se tem é a de que a sua tecnologia é quase a mesma daquele tempo. O pior de tudo é que, como tudo sugere, a Administração Pública e a Câmara quase nada tem feito para exigir da empresa respeito ao consumidor adamantinense. Salvo engano, a situação, quase sempre, acaba sendo relegada a plano secundário. Caso tivessem se empenhado à altura do problema, certamente, a situação seria outra. E, mesmo que tive tido ações para tentar superar este tipo de problema, pelas evidências do presente, foram pífias e ineficazes.
São situações desta natureza que acabam reforçando o sentimento, na população, de que o poder público, além de oneroso, está longe de atender o básico da condição cidadã dela. O que acontece em nossa cidade, relação aos serviços de fornecimento de energia, é uma vergonha que afronta a condição cidadã do adamantinense.
Editorial - Jornal da Cidade - 08/09/2009
3 comentários:
Ótimo editorial do JC.
Já era hora de uma manifestação mais incisiva nesse sentido. O Diário do Oeste já colocou a questão em outro momento. Tirando as reclamações costumeiras, nem o poder público, nem a população civil se mobilizou.
Ouvimos as explicações de sempre.
A pequena participação no Blog é um reflexo da comunidade.
abraço
Professor Rubens, será que os serviços da Caiuá andam tão ruins assim?
"O que acontece em nossa cidade, [em] relação aos serviços de fornecimento de energia, é uma vergonha que afronta a condição cidadã do adamantinense." Esse trecho me pareceu um pouco acima do tom...
Abraços fraternais.
Mauro
Não se pode atribuir todos os infortúnios que acontecem na cidade aos vereadores.
As perturbações no sistema elétrico se devem a vários fatores, inclusive aos fenômenos da natureza.
Já tive dano em equipamento elétrico e pelegrinei por vários caminhos até conseguir o ressarcimento.
Em época de chuvas e ventos os fios dos postes da concessionária de energia elétrica acabam se tocando e isso gera pequenos curtos-circuitos que provocam essas falhas na rede. Segundo os técnicos da empresa, as falhas rápidas não são computadas pela central de monitoramento.
Em 2007, semanalmente ocorriam essas falhas na região onde moro e o computador de casa reiniciava a cada uma delas. Em toda ocorrência eu contactava a concessionária através do telefone gratuito que vem expresso em nossa conta de energia, e ralatava o fato, consignando horário e natureza da ocorrência, nome do atendente e número de protocolo. Em três meses juntei cerca de trinta protocolos. Um certo dia meu computador não mais funcionou. Levei para perícia e fui informado que havia danificado os discos-rígidos, fonte, placa-mãe, memória etc. Entrei em contacto com o Procon e ingressei com uma reclamação administrativa na própria empresa e, após algum tempo negaram-me o ressarcimento. Após reclamei na ouvidoria. Mais uma vez negaram. Entrei judicialmente através do Juizado Especial Cível. Na primeira audiência negaram mais uma vez. Mas na segunda concordaram em pagar (eles tentam nos vencer pela canseira).O Magistrado e o advogado me disseram que os meus protocolos foram essenciais para o sucesso da ação. Além de ter resolvido o meu problema, na época, as minhas reclamações fizeram a concessionária instalar trezentos balancins na região onde moro (que é bastante arborizada) e as falhas diminuiram (em torno de 90%).
A fiscalização de concessionárias de energia elétrica, saneamento e gás canalizado do Estado de São Paulo, é de competência da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo - ARSEP. Cabe também ao consumidor registrar sua reclamação toda vez que passar por esse tipo de problema. Na condição de vereador , tenho um blog de divulgação do meu trabalho e orientação à população e, desde o dia 26/10/2009, postei uma matéria de orientação aos consumidores que tiverem dano causado por perturbação no sistema elétrico, tendo em vista os inúmeros pedidos que recebi essa natureza(já que a defesa do consumidor estava entre as inhas propostas como candidato). Lá vocês encontrarão toda instrução, endereços e telefones úteis, além do meu endereço eletrônico e telefone pessoal que está à disposição daqueles que necessitar de orientação suplementar.
Saudações a todos.
Israel Pereira Coutinho
Vereador
http://www.israelvereador.blogspot.com/
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