domingo, 19 de outubro de 2008

“Ninguém chuta cachorro morto. O Laércio está vivo!” afirma ex-prefeito no ‘Cultura Livre’

Para finalizar a série de entrevistas com os ex-prefeitos de Adamantina, o programa Cultura Livre convidou José Laércio Rossi, prefeito por dois mandatos consecutivos antes da atual administração. O ex-prefeito, considerado por muitos e por ele mesmo como populista, realizou oito anos de uma administração cheia de realizações e polêmicas e não teve medo de se explicar nos microfones da Rádio Cultura.
Laércio Rossi ingressou na política quando participou da equipe que apoiava a candidatura de Tino Romanini pelo PMDB e acabou se lançando como candidato a vereador. Eleito e, posteriormente, reeleito, foi presidente da Câmara dos Vereadores por unanimidade no seu segundo mandato. Na entrevista, concedida ao Cultura Livre, falou sobre os motivos que o impulsionaram a pleitear o executivo e esclareceu todos os casos polêmicos dos seus anos no poder.
O ex-prefeito disse que os primeiros 4 anos de mandato foram os mais difíceis, pois ao tomar posse haviam várias dividas acumuladas, que ressaltou não serem apenas da administração anterior, mas que, devido a não existência da Lei de Responsabilidade Fiscal, foram se amontoando com o passar dos anos. Para quitar essas dívidas conseguiu um parcelamento junto ao governo do estado e realizou um acordo com a representação sindical da época para usar o caixa do FAPEM. 
Segundo Laércio, o segundo mandato foi mais tranqüilo. As dívidas foram sanadas e haveria tempo maior para realizações. As mais importantes seriam a municipalização do ensino, a transferência do almoxarifado, o investimento em infra-estrutura nos bairros e, principalmente, a unificação da FAFIA com a FEO para o nascimento da FAI. Durante esse processo, um fato curioso chama atenção. Com a participação e ajuda do ex-prefeito Lulu, Laércio Rossi conseguiu apoio do consagrado jogador de basquete Oscar Schmidt, então secretário de Esportes e Turismo da cidade de São Paulo, que com contatos pessoais ajudou Adamantina na criação da faculdade.
Apesar de uma primeira gestão sem grandes problemas administrativos, a tranqüilidade acabou com a “perseguição política” que marcou seus últimos 4 anos na prefeitura. Vieram à tona polêmicas com os casos do CSU (Centro Social Urbano), do trator da prefeitura roubado, da imagem de N.S. Aparecida e da Comaf. Houve até a criação de uma ONG para protestar contra sua administração pública. Segundo Rossi, todos os casos tiveram conotação política e que muitos que o perseguiram hoje ocupam cargos na prefeitura. Quando questionado sobre sua relação com o prefeito Kiko Micheloni preferiu não responder, mas afirmou ter havido uma ‘caça as bruxas’ nos últimos anos.
O ex-prefeito fez questão de esclarecer todos os casos, principalmente aquele que tomou maior repercussão atualmente: a imagem de N.S. Aparecida construída na entrada da cidade. Sobre esse caso, disse: “Foi construída com dinheiro público sim. Tem nota na prefeitura.” Entretanto explicou-se dizendo que não sabia que era errado e que se soubesse tiraria dinheiro do próprio bolso. Aproveitou a oportunidade para pedir desculpa a população e dizer que o processo está em andamento na justiça. 
Ao final do programa, Laércio Rossi foi questionado se sua vida política estava morta. Ao responder a pergunta, foi veemente: “Eu sou político. Estou fazendo política Eu só paro quando morrer.” Ao reafirmar sobre a suposta perseguição que existiu sobre ele, completou: “Ninguém chuta cachorro morto. O Laércio está vivo!” No entanto, explicou que seria muito difícil, no atual momento, sair candidato a prefeito novamente. Mas, caso houvesse uma oportunidade, recursos, uma equipe competente e a justiça lhe permitisse, não descartou a possibilidade. Encerrou a entrevista com uma frase misteriosa: “Não penso em ser prefeito, pelo menos nos próximos 4 anos”.

4 comentários:

Anônimo disse...

Nossa ele fez tudo isso, deveria ser deputado, governador, presidente. Esse é o cara!

Com tanta coisa porque será que a justiça proibiu sua candidatura? Será que ele é tão santinho asssim?

Até sem saber faz coisa errada “Foi construída com dinheiro público sim. Tem nota na prefeitura.”

Vai pro escurão Laércio, lá você será o REI.

Bruno Pinto Soares disse...

Que bom que alguém se pronunciou, mesmo no anonimato!

Muito me intriga não haver comentários sobre o caso Comaf, CSU, imagem da santa e tantos outros! Tantos levantam bandeiras e 'grandes' discussões por menos.

Talvez a pesquisa ao lado reflita, verdadeiramente, alguma coisa. Algo a se pensar!

Everton Santos disse...

Realmente Bruno, muitas polêmicas foram criadas por muito menos.

Eu não tenho nada pessoal contra o sr. Laércio Rossi, mas como administrador ele deixou muito a desejar na minha opinião.

A existência de assessores incompetentes (não todos) também contribuiu para o caos do primeiro mandato. No segundo, alguns equívocos foram corrigidos, no entanto, outros problemas continuaram, mas problemas existem em qualquer administração.

Não podemos esquecer aqui do trabalho do Sindicado dos Servidores Públicos Municipais e do Ministério Público no caso do Almoxarifado. A mudança foi feita somente após denuncias destes órgãos e a estrutura do atual almoxarifado estava praticamente pronta.
O caso Fapem foi e é um grande problema. Segundo a “lenda”, o fundo foi extinto em uma sessão realizada às escondidas, uma hora antes do tradicional, e à portas fechadas.

Em relação às dívidas, resta dizer que não foram sanadas no segundo mandato e sim parceladas. Vide precatórios.

A unificação da FAI foi um grande avanço. Reconheço.

Resta dizer ao sr. Laércio Rossi que não houve “perseguição política”, pelo menos de minha parte. Fui sim autor de diversas matérias com denúncias tendo como principal acusado o hoje ex-prefeito, mas é importante ressaltar que Laércio Rossi assumiu um cargo de extrema importância para a cidade e se tornou uma pessoa pública.

Os casos CSU (Centro Social Urbano), da imagem de N.S. Aparecida e da Comaf são fatos. Estão descritos em processos no Judiciário e apontam falhas administrativas.

Não sou juiz e tão pouco dono da verdade, mas utilizo aqui o direito constitucional de livre expressão. Se, no futuro, Laércio voltar à vida pública, pleitear um cargo político, espero que a população saiba julgá-lo de maneira correta.

Abraços

Anônimo disse...

O povo daqui morreu???Cade o Londrina?e o Mauro Cardin?e a chalita (cacá hadaddi)???
Apoosto que estão no escurão!!kkkkkkkkkkkkk