quarta-feira, 16 de julho de 2008

“FAIFIA”

Talvez o leitor acredite que o titulo deste artigo esteja errado. É FAI e não “FAIFIA”. Vou provar que não está errado. Muita gente acredita que a FAI é recente. Na verdade, esta Instituição nasceu em 1967, com a criação da FAFIA, e tem, portanto, mais de quarenta anos.
Certo dia ouvi dizer: “A FAI é uma criança e, por isso, de vez em quando, ela encha as suas fraudas”. Acho que não se justifica, pois quando a FAI surgiu em 1998, através da unificação da FAFIA e da FEO, ela já era uma jovem. A FAFIA e a FEO (que foi criada em 1980) foram crianças bem tratadas, basta lembrar de seus pais: Antônio Jorge, Ivone Ramos, Maria José Belusci, Roberto Juraci Correa, Célia Duarte, Regina Ruete, Maria Alice Cunha e tantos outros que nunca deixaram a criança sujar as fraudas. Bastava um pequeno problema, para este time de pais competentes limpar a criança.
É claro que a criança cresceu, tornou-se adulta, e, ai sim, temos com a famosa unificação uma linda senhora: formosa, com um belo corpo desenvolvido. Então chegou o dia que a senhora, como todas as mulheres, precisava se estruturar, compor família, ter filhos e procurar o amadurecimento, mas não conseguia. Não se sabe a causa, mas a senhora FAI, apesar de toda a sua exuberância de mulher formada, ainda possuía resquícios de uma adolescente mimada. Vícios, oriundos de uma formação do tipo: “toma filhinha, não precisa chorar, tudo o que você quiser o papai lhe dará”. E não de uma construção de caráter do tipo: “filhinha, não é assim, primeiro as responsabilidades e depois os deleites”.
Hoje a FAI é uma potência em nossa cidade, embora carregue consigo vícios que já deveriam ter sido erradicados ou, talvez, não deveriam nem mesmo ter sido criados. Vícios que atrapalham o seu desenvolvimento e que tiveram a grande chance de serem extirpados na famosa “reforma retirada de pauta”. A atual administração da FAI tem em mãos uma senhora que, para conseguir se estabilizar, precisa urgentemente fazer várias sessões de terapia para entender quem realmente ela é. Vou pedir para o leitor terminar de ler este parágrafo, fechar os olhos e imaginar Adamantina sem a FAI: Mercado imobiliário? Supermercados? Lojas de roupas? Postos de combustíveis? Restaurantes? Entretenimentos? Serviços de moto Táxi? E, é claro, Ensino e Pesquisa?
Fechou os olhos? Pensou? Pois é, vivemos em torno desta senhora que hoje se encontra com vícios de organização e, por incrível que pareça, dependemos muito dela, uma vez que é o segundo orçamento de Adamantina. Hoje, a FAI possui um grupo de pais zelosos que estão tentando sanar estes vícios.
É engraçado lembrar dos tempos de FAFIA e FEO que a “criança” tinha tantos problemas e era sempre bem cuidada mas poucos queriam saber daquela criança, pois ela não podia arrumar a vida de ninguém. Hoje, uma “cambada de sanguessugas” olha para a nossa Instituição e tenta encontrar a solução de “seus” problemas.
A grande oportunidade de sanar os vícios da FAI encontrou barreiras diante de uma Câmara de Vereadores, na qual a maioria apoiou o projeto e a minoria venceu a maioria com uma estratégia perversa, baseada na deslavada omissão. Pior que isso, um edil que votou contra o projeto, em seu discurso de votação, disse: “o projeto é excelente, muito bom”. Mas votou contra. Atento povo de Adamantina, pois nem toda “pedra” que reluz é ouro, mas bem lapidada pode se tornar um diamante.

4 comentários:

Anônimo disse...

Fala Cacá!!

Bem, eu não posso comentar esse lado histórico da FAI, pois não participei, de nenhuma maneira, do percurso dessa instituição e também não tenho embasamento histórico nesse sentido.

Todavia, entendo que a FAI, ainda, não desempenha um papel fundamental em Adamantina. A faculdade não interage com a comunidade e não desenvolve projetos que poderiam elevar seu padrão educacional. Não percebo iniciativa dos coordenadores dos cursos em trabalhar com o corpo dicente, aproveitando a boa infra-estrutura que está disponível.
Cursinho para crianças carentes, horta comunitária, jornal cidadão, trabalhos nás áreas de agronomia, veterinária com os profissionais da região e tantos outros....

Esperamos que essa direção dê um passo a frente.

Abraço

Sebar disse...

Neste contexto histórico, é necessário relembrar, além do início de tudo com a FAFIA, a presença da FEO como força propulsora desta união entre duas instituições, a saber: FAFIA+FEO= FAI...
Sebar

Anônimo disse...

Caros Bruno e Sérgio,

Aproveitando apenas um comentário para os dois jornalista e historiador: concordo com o Bruno, existe muita coisa que precisa ser feita, principamente acreditando que a FAI não é muleta política para nenhuma administração. Ela precisa olhar pra si mesma e descobrir a sua vocação para a cidade. Acredito que com a nova direção isto está acontecendo em partes.
Quanto a FAFIA+FEO=FAI: concordo com você Sérgio. A FEO muitas vezes é esquecida e foi dela que surgiu um dos principais cursos desta "distinta união", o curso de enfermagem, menina dos olhos da nossa instituição.

Abraços,

Cacá

Sebar disse...

Espero que algum dia, apareça um/a pesquisador/a por aqui para trabalhar este tema, ou seja, A HISTÓRIA DA FAI por meio da FAFIA E DA FEO como um marco educacional na região da "Nova Alta Paulista"...