sexta-feira, 4 de julho de 2008

A lebre e a tartaruga na política adamantinense

Conta a fábula de Esopo que, certo dia, a tartaruga desafiou a lebre para uma disputa. A lebre afirmou que era mais fácil um leão cacarejar do que ela perder uma corrida para a tartaruga. Como era de se esperar, na largada da corrida, a lebre saiu na frente e a tartaruga, por sua vez, saiu devagar, não se abalou e confiou na sua lerdeza. A lebre, certa da vitória, resolveu tirar um cochilo, acreditando que, caso a tartaruga a ultrapassasse, era só correr um pouquinho e, com certeza, levar o troféu para casa.
Diz a fábula que a lebre dormiu tanto que não percebeu o momento que a tartaruga a ultrapassou. Assim que acordou, correu com a certeza que iria ganhar a corrida, mas se surpreendeu quando viu a tartaruga cruzando a linha de chegada. A lebre tornou-se motivo de chacota na floresta e quando dizia que era o animal mais veloz todos os outros animais lembravam-se de certa tartaruga.
Comparando a fábula com o cenário político adamantinense, chegamos a conclusão que a oposição, mais conhecida como lebre, na sua arrogância, pensando mais nas vaidades pessoais do que na cidade, literalmente, dormiu no ponto. Na largada da corrida, a lebre gritou de cima dos telhados, falou pelas esquinas e cochichou entre as xícaras de café, mas na hora de correr, não correu, preferiu dormir.
Em contrapartida, a tartaruga, com toda a sua lerdeza, protegeu-se debaixo do casco. Um casco, diga-se de passagem, feito de muita competência, sobretudo de outros animais da floresta que a protegeram, e não deixaram a peteca cair. A tartaruga também contou com a sorte, pois outros animais vermelhos deram força durante a prova, mas como galinhas mudas não cantaram para anunciar os ovos que botaram.
A lebre, pelo jeito, ainda não acordou. Acredita piamente que será a vencedora da prova e dorme em um sono profundo, sonhando com a vitória que nunca virá. A fábula, do lendário escritor grego Esopo, mais uma vez é recontada, desta vez, na realidade política adamantinense. Todos sabem o final da história, ou seja, a tartaruga, por incrível que pareça, será a vencedora. A lebre pode espernear e gritar, inventar estórias e caluniar, mas deve entender que a sua estratégia foi muito ruim. Parece até que não aprendeu com os erros do passado.
A verdade é uma só: lebres são lebres e continuarão a ser lebres, tartarugas são tartarugas e continuarão a ser tartarugas e Adamantina é Adamantina e continuará a ser Adamantina. Parabéns Adamantina, são 59 anos de corridas entre lebres e tartarugas.... se bem que tem umas raposas por aí.

3 comentários:

Fabio Ortega disse...

Um bom artigo Cacá, mas Esopo tem uma citação muito inteligente onde fala (Quem trama desventuras para outros estende armadilhas a si mesmo )

Anônimo disse...

me diz sobre vc
és lebre ou tartaruga?

Sebar disse...

eis a questão? ser ou não ser? ainda mais neste momento, quando os gatos são pardos em noites sem fim pelas esquinas de uma província qualquer...